O jornal Folha de S. Paulo publicou, nesta quinta-feira (26), um ranking que aponta os clubes da Série A do Campeonato Brasileiro mais citados no Serasa. E, segundo o levantamento, o Inter é o clube com o maior número de protestos. De acordo com a reportagem, entre dezembro de 2014 e agosto deste ano, o Colorado acumulou 161 registros, chegando à quarta maior dívida: R$ 1,028 milhão.
— Temos feito um trabalho de regularizar estes processos. Tem muita coisa de passado na história que a gente tem ido atrás. Tem uma série de explicações, mas não significa que estes títulos não foram pagos por falta de caixa. Muitas vezes, as notas chegam com atraso, com valores cobrados em discordância. São valores bem pequenos, mas como o processo não foi conduzido devidamente, tem todo um processo operacional para baixar os valores do Serasa — explicou o diretor-executivo de finanças colorado, Giovane Zanardo, em contato com GaúchaZH.
O Grêmio, por sua vez, aparece em terceiro lugar, com 83 protestos, entre outubro de 2014 e abril de 2019. Além disso, é a sexta maior dívida neste quesito (R$ 603 mil).
— Desde 2018, o Grêmio vem trabalhando intensamente na solução desses casos, tanto que, neste ano, o clube reduziu 65% dos valores dos protestos, além de 43% na diminuição de quantidade de títulos — disse Fabiano Wurdig, diretor-executivo de controladoria do Grêmio, em entrevista à Folha. — Os valores não chegam a impactar no dia a dia do clube. O que se tem atualmente pendente, em sua maioria, está sendo discutido na Justiça — completou.
Segundo a reportagem da Folha, os valores referidos são dívidas com fornecedores e bancos, que futuramente dificultariam estes clubes a conseguir a aprovação de financiamentos. Dos 20 participantes da elite do futebol nacional, apenas Palmeiras, Ceará e Goiás não foram citados.
Situação dos clubes brasileiros no Serasa:
1º) Inter: 161 protestos (R$ 1,02 milhão)
2º) Fluminense: 95 protestos (R$ 1,7 milhão)
3º) Grêmio: 83 protestos (R$ 603 mil)
4º) Vasco: 71 protestos (R$ 1,6 milhão)
5º) Corinthians: 52 protestos (R$ 780 mil)
6º) Botafogo: 43 protestos (R$ 1,3 milhão)
7º) Flamengo: 33 protestos (R$ 130 mil)
8º) Cruzeiro: 27 protestos (R$ 519 mil)
9º) Avaí: 21 protestos (R$ 58 mil)
10º) Bahia: 12 protestos (R$ 46 mil)
11º) Fortaleza: 8 protestos (R$ 158 mil)
12º) Santos: 5 protestos (R$ 8,7 mil)
13º) Athletico-PR: 4 protestos (R$ 115 mil)
14º) Chapecoense: 2 protestos (valor não divulgado)
15º) CSA: 2 protestos (R$ 37 mil)
16º) Atlético-MG: 1 protesto (R$ 2,6 mil)
17º) São Paulo: 1 protesto (R$ 4 mil)