O terceiro jogo seguido sem vitória no Brasileirão evidenciou mais ainda as limitações do elenco do Fluminense. Repleto de desfalques por lesões e por convocações – no caso de Orejuela –, Abel Bruga utilizou nove jogadores de Xerém dos 14 que pôs em campo na derrota por 2 a 0 para o Grêmio, nesta quinta-feira (15). Ao fim da partida, ouviu gritos da torcida hostilizando o presidente Pedro Abad e pedindo contratações. No entanto, reforçou a confiança no planejamento e no elenco que tem em mãos.
– Vocês não vão conseguir tirar desculpas de mim. Nem do próprio presidente, que em nenhum momento deixou de cumprir aquilo que prometeu. Eu estou dentro, sou tricolor. Vou até a morte. Se deixar de ser feliz ou deixar de ter paixão pra ficar no banco, eu peço meu boné – disse Abel.
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Ao falar sobre as vaias da torcida à direção, o treinador lembrou os problemas financeiros enfrentados pelo Fluminense.
– Abad já falou da situação do clube, mas muita coisa não falou. Então vai se pagar um preço, de repente um ano, seis meses. O Fluminense hoje joga sem patrocínio. Acham que isso é fácil? Hoje deve ter sido 300 mil de prejuízo, não temos casa. Jogamos praticamente com o terceiro time.
Questionado se a juventude do elenco pode pesar em uma competição de alto nível como o Brasileirão, o técnico acredita que pode obter os resultados de qualquer forma. Para ele, o que não adianta é lamentar o plantel limitado.
– Se é garoto ou não, a cobrança é a mesma. Não vou ser covarde, mesmo estourando em cima de mim. Vou fazer eles acreditarem sempre, e isso para mim é o mais importante. Procurar deixar o torcedor satisfeito. Eu não tiro o meu da reta, é um grupo em que confio. Jogamos em Cariacica com o time reserva, e o Flamengo empatou no último minuto. Nada melhor que, daqui a três dias, temos um clássico para tentar reverter – completou Abel.
*LANCEPRESS