Retrospecto de rebaixado fora de casa, briga pelo G-4 cada vez mais apertada e difícil, rival ameaçado de rebaixamento e escalação de reservas em razão do desgaste de dois torneios... Por tudo isso, não houve surpresas na vitória por 1 a 0 do Coritiba diante do Santos, neste domingo, pela antepenúltima rodada do Brasileirão.
Em um Couto Pereira vazio em razão da pena imposta ao Coxa pelo STJD de jogar com portões fechados, o Santos entrou só com três titulares que devem começar jogando na quarta-feira, na primeira final da Copa do Brasil contra o Palmeiras. Sem inspiração, até criou algumas chances com seu time reserva, mas longe de ser o suficiente para tirar do caminho a patética campanha como visitante no Brasileirão: uma vitória, sete empates e agora dez derrotas, restando ainda uma partida nesta condição.
Obviamente, o que fez o Santos mandar em um jogo recheado de jogadores de qualidade discutível foi a presença de Lucas Lima na armação de jogadas. Caçado, o camisa 20 conseguiu abrir espaço para criar mesmo com a bola chegando quase sempre na fogueira dos pés de Leandrinho e Ledesma. O principal fator para o Peixe ter mais volume de jogo foi a marcação distante, até certo ponto passiva, do Coritiba, que deixou o Santos trocar passes. Chance mesmo, porém, só houve uma, aos 36min, quando Ledesma acertou um lançamento brilhante para Serginho, mas Juninho conseguiu o desarme pelo chão.
O Santos teve mais de 60% de posse de bola no primeiro tempo, mas sofria para criar oportunidades e ainda era atrapalhado pelo gramado encharcado do vazio Couto Pereira. Enquanto Dorival nada fez para mudar, Pachequinho decidiu colocar o Coritiba no jogo com a entrada do atacante Guilherme Parede na vaga do volante Cáceres. Com o time mais aberto, mais espaço.
Mas o Santos não notou a mudança de postura, e quando acordou para o jogo já tinha sofrido o primeiro gol. Após Thiago Lopes cortar Ledesma e Paulo Ricardo sem dificuldades, Henrique Almeida foi acionado na entrada da área, tirou Werley e bateu na saída de Vanderlei para abrir o placar. Com Léo Cittadini e Daniel Guedes, o Santos tentou voltar ao jogo, principalmente pelos pés de Neto Berola, o único do setor ofensivo do Peixe a buscar jogo pelos lados. Mas o time mostrou nervosismo, falta de inspiração, pouca competitividade e até azar em uma bola de Nílson na trave em busca do valioso empate. Não deu.
Com a derrota, mais uma posição foi perdida pelo Peixe, agora sexto colocado com 55 pontos, um a menos que Inter e São Paulo, seus concorrentes diretos. Isso significa que uma combinação de resultados na próxima rodada pode tirar as esperanças de fechar o Brasileirão em quarto lugar. Antes, quarta-feira, tem a primeira final da Copa do Brasil, contra o Palmeiras.
Enquanto o Santos deixa pra depois, o Coxa respira aliviado. Agora são 40 pontos somados, na 15ª colocação, dois pontos à frente do Avaí, que abre a zona de rebaixamento momentaneamente. A duas rodadas do fim, há esperança.
*LANCEPRESS