Quando a festa da torcida do São Paulo estava armada para convencer Juan Carlos Osorio a permanecer no clube, Rogério Ceni cumpria aquilo que é pedido pelo colombiano e optava pelo toque de bola para sair jogando, mesmo nos acréscimos e com a vantagem no placar. Pois bem. Robinho, o mesmo que encobrira o Mito em gol histório no Allianz Parque em março, aproveitou o vacilo do capitão tricolor em passe mascado e tocou com categoria para empatar o duelo em 1 a 1 na 28ª rodada do Campeonato Brasileiro.
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O novo golaço do camisa 27, que até então vivia tarde apagada, representou o centésimo tento dos palmeirenses na temporada, o 49º no Brasileirão. Além disso, o meia recolocou a equipe de Palestra Itália com 45 pontos, posição que era ocupada pelo próprio São Paulo a menos de dois minutos do fim do jogo. O canto dos quase 2,8 mil palmeirenses ecoou mais alto no fim do domingo.
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A primeira etapa pode ser resumida como um massacre do São Paulo. Michel Bastos, Carlinhos, Paulo Henrique Ganso e companhia criavam as melhores chances com frequência impressionante. Era como se Thiago Santos e Andrei Girotto nem sequer estivessem em campo. Aos 12 minutos, um erro do auxiliar Marcelo Carvalho van Gasse revoltou os donos da casa, que pediram toque de mão de Fernando Prass fora da área e consequente expulsão.
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A equipe de Osorio mantinha o estilo de jogo agressivo diante da passividade dos comandados de Marcelo Oliveira, que assustaram uma vez nos 45 minutos iniciais. Na segunda etapa, o técnico palmeirense conseguiu equilibrar as ações, mas ainda sofria com a apatia dos atletas. Basta tomar como exemplo o lance em que Gabriel Jesus desiste de recuperar uma bola na linha de fundo e vê Thiago Mendes disparar até encontrar Ganso e Carlinhos marcar golaço de pé direito aos 15 minutos.
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O Palmeiras permaneceu entregue em campo e dependente de jogadas de bola parada, quase sempre afastadas por Rodrigo Caio e Lucão. Nos acréscimos, Kelvin, uma das apostas para Marcelo atirar o Verdão ao ataque assustou em chute colocado, mas o tiro de meta parecia garantir a vitória ao São Paulo. O problema foi que Ceni e Lucão atrapalharam-se na troca de passes e o goleiro-artilheiro, pressionado, entregou nos pés de Robinho um saboroso empate.
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A paz que Osorio teria para decidir seu futuro até quarta-feira, quando o Tricolor encara o Vasco para selar a classificação à semifinal da Copa do Brasil, foi abalada mais uma vez. São 42 pontos, três para o G4 e o desânimo diante da festa palmeirense. Com ironia, os gritos de "Não para, Rogério", terminaram o castigo a Rogério Ceni, que ainda não havia sido vazado desde que retornou de lesão muscular.
*LANCEPRESS!