Depois de 31 anos, o continente africano pode voltar a receber uma corrida de Fórmula 1. Ruanda anunciou sua candidatura para fazer parte do calendário da principal competição automobilística do mundo durante a cerimônia de premiação da Federação Internacional do Automobilismo (FIA), realizada nesta sexta-feira (13), em Kigali, capital do país.
— Ruanda está concorrendo para trazer a emoção das corridas de volta à África, sediando um grande prêmio de Fórmula 1. Agradeço muito a Stefano Domenicali (presidente da categoria) e a toda a equipe da F1 pelo bom andamento das nossas conversas até agora. Garanto que estamos encarando essa oportunidade com a seriedade e o compromisso que ela merece — disse o presidente do país, Paul Kagame.
Além do chefe de Estado de Ruanda, estiveram presentes no evento Mohammed Ben Sulayem, presidente da FIA, e Richard Nyirishema, ministro do esportes do país. A África do Sul também interessada em fazer parte do calendário, a partir de 2027.
— Estar aqui em Ruanda para um momento tão importante no calendário da FIA é uma prova da força desta nação, em particular sua crescente influência no automobilismo. Estamos alinhados em nossos valores e objetivos compartilhados em setores-chave como inovação e sustentabilidade. Estou ansioso por nossa parceria contínua, o futuro do automobilismo na África é brilhante — afirmou Sulayem.
Ruanda tem o ex-piloto de F1 Alexander Wurz, da Áustria, trabalhando na projeção do circuito, que seria construído em Kigali, próximo do aeroporto planejado de Bugesera. A pista promete ser bastante rápida ao lado de uma bela paisagem com florestas e lago.
Os próprios pilotos são a favor da inclusão do continente africano no calendário da F1, dentre eles, Lewis Hamilton e Max Verstappen, que esteve em Ruanda para a realização de um "trabalho comunitário", através de uma punição imposta pela FIA, e para receber a premiação por ter sido tetracampeão da categoria.
A última corrida da Fórmula 1 no continente ocorreu em 1993, em Kyalami, na África do Sul, com vitória do francês Alain Prost (Williams). Ele, inclusive, foi o campeão daquela temporada, à frente de Ayrton Senna.