Um dos maiores pilotos da história da Fórmula 1 completa 55 anos de idade nesta quarta-feira (3). Michael Schumacher, que fez história na principal categoria do automobilismo, não é visto em público há dez anos, desde que sofreu um acidente enquanto esquiava nos Alpes Franceses.
O acidente mudou a vida do ex-piloto alemão e desde então pouco se sabe sobre o seu estado de saúde. Michael esquiava com o filho Mick na estação de Meribel. Ao tentar trocar de uma pista para outra, questão de 15 metros de distância, o ex-piloto — aposentado em 2012 da F1 — passou por uma região com pedras, perdeu o equilíbrio e bateu a cabeça no chão.
O episódio pegou todos de surpresa e com poucas informações sobre o estado de saúde do alemão que foi levado a um hospital em Grenoble, na França. Os médicos desde que Schumacher chegou ao local já começaram a respeitar a vontade da família por privacidade. A informação de um acidente gravíssimo tomou conta dos noticiários poucas horas depois da sua chegada.
O heptacampeão mundial da F-1 sofreu traumatismo craniano, edema cerebral e precisou de uma intervenção cirúrgica na cabeça. Michael entrou em coma e permaneceu nesse estado durante seis meses. Quando despertou, ele e a família voltaram para casa em Lake Geneva, na Suíça. A partir desse momento, qualquer informação sobre o seu estado de saúde se tornou um mistério.
— Estamos tentando continuar como uma família do jeito que Michael gostava. E ainda gosta. Seguimos com nossas vidas. "Privado é privado” é o que ele sempre dizia. Michael sempre nos protegeu, e agora estamos protegendo Michael. Todos sentem falta dele, mas ele está aqui. Diferente, mas está, e isso nos dá força, eu acho. Moramos juntos em casa. Fazemos terapia e todo o possível para que Michael melhore e para garantir que fique confortável — disse a esposa Corinna Schumacher em uma das poucas declarações dadas por ela durante estes 10 anos, no documentário Schumacher, lançado em 2021.
A declaração oficial da família é que “ele está consciente e se recuperando de forma lenta, mas sempre evoluindo.” Recentemente, o irmão mais novo e ex-piloto da F1, Ralf Schumacher, falou sobre o assunto em entrevista ao jornal alemão Bild:
— Podemos continuar muito graças à medicina moderna, porém ainda nada é como antes. Foi uma experiência muito ruim para mim, mas, claro, ainda mais para seus filhos — disse.
Além da família, poucas pessoas que foram próximas do piloto puderam visitá-lo, como o ex-chefe de Ferrari Jean Todt e o ex-companheiro Felipe Massa, com quem ele correu em 2006.
— O acidente dele foi algo muito triste. Quando eu soube fiquei arrasado e na verdade continuamos arrasados por tudo aquilo que ele passou. É um cara que arriscou muito a vida o tempo todo e, de repente, por uma besteira aconteceu um acidente tão grave. Seria muito bom ter ele nas pistas acompanhando o filho e o automobilismo em geral — conta o brasileiro, em entrevista para GZH.
Os números de Michael Schumacher na Fórmula 1
O currículo de Schumacher é um dos melhores da história da modalidade. O alemão ainda é apontado por muitos como o melhor piloto da história da F1 e tem números expressivos para esses apontamentos:
- 306 corridas disputadas
- 91 vitórias (29,74% de aproveitamento)
- 155 pódios (50,65%)
- 68 pole positions (22,22%)
- 77 voltas mais rápidas (25,16%)
- 7 títulos mundiais (em 19 temporadas disputadas): 1994, 1995, 2000, 2001, 2002, 2003, 2004.