Nesta sexta-feira (29), completam-se 10 anos do acidente de Michael Schumacher. O alemão, que havia abandonado o automobilismo em 2012, acidentou-se enquanto esquiava e sua vida não foi mais a mesma. A carreira vitoriosa na Fórmula 1 ficou marcada por sete títulos mundiais, recordes, polêmicas e ligação com pilotos brasileiros.
Na sua última temporada pela Ferrari, em 2006, Schumacher seguiu tendo um companheiro de equipe do Brasil. Rubens Barrichello, seu escudeiro entre 2000 e 2005, decidiu sair da equipe, com isso Felipe Massa foi promovido como parceiro de Michael. Foi apenas um ano ao lado do alemão, mas com um aprendizado que o brasileiro leva para a vida.
— O maior aprendizado que tive com ele foi dentro da pista. O jeito de acertar e entender o carro, de entender o circuito, de conversar durante a corrida, de saber de tudo. O Michael realmente pensava muito nele. Não era uma pessoa fácil, ele pensava 100% no resultado, às vezes passando acima de algumas situações. Isso foi algo que não consegui aprender, até pelo jeito que eu sou e pelo jeito que ele era, mas no lado do trabalho foi um aprendizado impressionante — revela Massa.
O maior aprendizado que tive com ele foi dentro da pista
FELIPE MASSA
ex-companheiro de Schumacher na F1
Na temporada 2006, Alonso se tornou bicampeão, com Michael em segundo e o piloto brasileiro em terceiro. O alemão venceu sete corridas, sendo a última da carreira na China, no dia 1º de outubro daquele ano. Massa obteve suas duas primeiras vitórias, mas o principal foi a experiência ao lado de uma lenda da F1 que ainda estava em alto nível.
— A convivência foi algo importante para mim, porque era uma figura importante no mundo, não só na F1, mas no esporte. O tanto de pessoas interessadas nele, no sentido de uma lenda no automobilismo, foi realmente algo impactante. Foi bacana fazer parte disso, foi como um professor para mim, ver como trabalhava e fazia as coisas — afirma o brasileiro.
Para Massa, além das conquistas dentro das pistas, o legado de Schumacher para a Fórmula 1 foi seu profissionalismo:
— Michael deixou um legado impressionante na Fórmula 1, o jeito que ele trabalhava era muito profissional, com treinamento físico e trabalho com a equipe, a relação que ele tinha com os profissionais da equipe, eu acho que aprendi muito com ele sobre isso também — revela.
Massa ficou na Ferrari até 2013, enquanto o alemão retornou da aposentadoria em 2010 e encerrou sua carreira em 2012, pela Mercedes. Ambos tiveram três temporadas dividindo pistas e trocando experiências.
Durante os 10 anos do acidente do alemão, Massa foi uma das poucas pessoas que puderam visitá-lo. O encontro ocorreu em 2016, porém, o brasileiro respeitou a privacidade da família e não deu detalhes sobre o momento.