Marcos Corrêa/Presidência da República
Michel Temer termina 2017 fragilizado. Os principais homens de seu entorno estão supostamente envolvidos em esquemas de corrupção: os ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco, o ex-assessor Rodrigo Rocha Loures e os ex-ministros Henrique Eduardo Alves e Geddel Vieira Lima. O próprio presidente virou alvo ao ter sua conversa com Joesley Batista gravada pelo empresário (na qual disse "Tem que manter isso, viu?", que seria um aval para a compra do silêncio de Eduardo Cunha).
A delação da JBS resultou em duas denúncias contra o presidente. Primeiro, o então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, acusou Temer de ter recebido "vantagem indevida" de R$ 500 mil de Joesley, por meio de uma mala de dinheiro entregue a Rocha Loures. Depois, Temer foi denunciado por obstrução da Justiça e formação de quadrilha. Mesmo enfraquecido, o presidente conseguiu reorganizar a base aliada e derrubou ambas as denúncias na Câmara dos Deputados.
Restaram algumas vitórias. Entre elas, a aprovação da reforma trabalhista, que, entre outras mudanças, deu mais força às negociações coletivas sobre a lei e criou regras para o trabalho intermitente. Seu principal trunfo é a melhora - ainda que tímida - da economia, com a inflação sob controle e a saída da recessão. No entanto, a incerteza quanto à aprovação da reforma da Previdência preocupa o mercado e paira como uma sombra para o seu governo em 2018.
reforma trabalhistainovou ao dar liberdade para empregados e patrões negociarem, manteve intactos todos os direitos garantidos na Constituição"
Em 2017, o governo Michel Temer e o parlamento avançaram no caminho das reformas e da retomada do crescimento com responsabilidade, para resgatar o povo brasileiro da maior crise econômica e social da nossa história, legada por 13 anos de incompetência e desmandos.
A reforma trabalhista modernizou a CLT, inovou ao dar liberdade para empregados e patrões negociarem, acabou com o imposto sindical obrigatório e manteve intactos todos os direitos garantidos na Constituição, como 13º salário, FGTS, aposentadoria, férias, salário-família, horas extras, licenças maternidade/paternidade etc. No campo, o Programa Nacional de Regularização Fundiária substituiu a demagogia baderneira do MST, eterno aliado do PT, por reformas agrária e urbana justas.
liberação das contas inativas do FGTS
taxa básica de juro do Banco Centralise: a reforma da Previdência. Sem
Para evitar essa tragédia, é urgente acabar com a injustiça previdenciária e com a desigualdade social. Pesquisas recentes comprovam que a massa da população já deixou de acreditar nas campanhas de desinformação bancadas pelos que temem perder seus privilégios e concorda com a reforma. Em 2018, será a vez de os representantes do povo decidirem com maturidade e espírito público a favor do Brasil!
Temer foi adiante e vendeu a mentirauma 'reforma trabalhista' que reduzisse direitos e salários"
Recorde no preço do gás de cozinhana conta de luzredução de investimentos nas universidades
O Brasil que chega ao final de 2017 e inicia 2018 é um país que retrocede em todas as áreas, social e econômica, e retoma um pensamento de governantes do século passado, de que as receitas devem ser concentradas nas mãos de uns poucos que já têm muito, enquanto a maioria dos cidadãos é penalizada.
Há poucos anos, o país crescia, gerava empregos e oportunidades para quem quisesse trabalhar ou empreender. No final de 2014, o IBGE apontava índices de pleno emprego no Brasil, taxas equiparadas à Alemanha, Noruega e EUA.
Entretanto, um país como o Brasil, ainda com desafios e muitos problemas, não passaria imune à desestabilização política e econômica levada às últimas consequências pelo grupo derrotado nas eleições de 2014. E uma das consequências desse processo foi que ao final de 2016 (Temer) aumentou em 53% o número de brasileiros que vivem na miséria, em comparação a 2014 (Dilma), como revelou recentemente o IBGE. Além disso, a ONU agora anuncia que o Brasil está retornando ao Mapa da Fome.
Não satisfeito com a crise e a miséria, Temer foi adiante e vendeu a mentira de que para gerar empregos era imprescindível uma "reforma trabalhista" que reduzisse direitos e salários. Lula e Dilma geraram 22 milhões postos de trabalho sem retirar qualquer direito da população.
O que Temer tem a oferecer é um governo que não cuida das pessoas, e um país que abre mão da sua soberania e do seu desenvolvimento como Nação, com graves consequências aos brasileiros; medidas que, se não forem anuladas por um referendo revogatório em um próximo período, poderão arruinar o país por décadas.
Do grupo político de Temer não há o que esperar para 2018; mas do nosso povo, gaúchos e gaúchas, muita luta para impedir que a esperança em um país melhor seja destruída pelo "Quadrilhão do PMDB", como definiu a Procuradoria-Geral da República.
Darcísio Perondi
deputado federal (PMDB),
vice-líder do governo na Câmara
Paulo Pimenta
deputado federal,
líder do PT na Câmara