Temer

e o Brasil

Com sua atuação em

2017, que Brasil o

presidente Michel

Temer está ajudando

a construir?

Marcos Corrêa/Presidência da República

Michel Temer termina 2017 fragilizado. Os principais homens de seu entorno estão supostamente envolvidos em esquemas de corrupção: os ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco, o ex-assessor Rodrigo Rocha Loures e os ex-ministros Henrique Eduardo Alves e Geddel Vieira Lima. O próprio presidente virou alvo ao ter sua conversa com Joesley Batista gravada pelo empresário (na qual disse "Tem que manter isso, viu?", que seria um aval para a compra do silêncio de Eduardo Cunha).

 

A delação da JBS resultou em duas denúncias contra o presidente. Primeiro, o então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, acusou Temer de ter recebido "vantagem indevida" de R$ 500 mil de Joesley, por meio de uma mala de dinheiro entregue a Rocha Loures. Depois, Temer foi denunciado por obstrução da Justiça e formação de quadrilha. Mesmo enfraquecido, o presidente conseguiu reorganizar a base aliada e derrubou ambas as denúncias na Câmara dos Deputados.

 

Restaram algumas vitórias. Entre elas, a aprovação da reforma trabalhista, que, entre outras mudanças, deu mais força às negociações coletivas sobre a lei e criou regras para o trabalho intermitente. Seu principal trunfo é a melhora - ainda que tímida - da economia, com a inflação sob controle e a saída da recessão. No entanto, a incerteza quanto à aprovação da reforma da Previdência preocupa o mercado e paira como uma sombra para o seu governo em 2018.