CORRUPÇÃO

Em 2017, o Brasil avançou

ou retrocedeu no

combate à corrupção?

Divulgação/Polícia Federal

O ano foi pródigo em escândalos e ações. Dono da JBS, o empresário Joesley Batista gravou uma conversa com Michel Temer em que o presidente teria dado aval para a compra do silêncio de Eduardo Cunha ("Tem de manter isso, viu?"). Os grampos da JBS e a delação de Marcelo Odebrecht encurralaram Aécio Neves, que chegou a ser afastado temporariamente do Senado. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado a nove anos e meio de prisão pelo juiz Sergio Moro, sob acusação de ter sido beneficiado com um triplex no Guarujá por garantir à empreiteira OAS contratos na Petrobras – o caso está em segunda instância, com julgamento marcado para 24 de janeiro. A Operação Lava-Jato mandou para a cadeia três ex-governadores do Rio de Janeiro – Sérgio Cabral, Anthony Garotinho e Rosinha Garotinho –, além de prender o ex-homem mais rico do Brasil, Eike Batista, o ex-presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) Carlos Arthur Nuzman, o presidente da Assembleia Legislativa do Rio, Jorge Picciani, e o empresário Jacob Barata Filho, o "rei dos ônibus". Ex-ministro de Temer, Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) foi preso em Salvador após a Polícia Federal encontrar R$ 51 milhões em espécie guardados em malas em um apartamento ligado a ele. Em meio a tudo isso, chegou ao fim o mandato de Rodrigo Janot na Procuradoria-Geral da República (PGR), sendo substituído por Raquel Dodge, e Temer trocou o comando da PF: saiu Leandro Daiello e entrou Fernando Segovia.