* Zero Hora
É cada vez maior o número de estudantes que buscam continuar sua formação em outro país, depois de terminar o Ensino Médio no Brasil. Em algumas das nações mais procuradas, como Estados Unidos e Canadá, nunca houve tantos jovens brasileiros em cursos de graduação. A presença nacional em ambientes de ensino americanos tem crescido muito desde 2011. Somente no ano passado, houve aumento de 22% no número de alunos daqui que foram buscar o Ensino Superior estrangeiros - o segundo maior índice de crescimento em todo o mundo.
Para quem deseja seguir esse caminho, porém, a trilha não é fácil: passa por muita preparação, consciência do que se deseja fazer e competência para ser aceito em uma universidade lá fora.
- Não é um processo de um dia para o outro. O idioma é primordial, mas é preciso ainda planejamento financeiro, bom histórico escolar e atividades extracurriculares. As universidades valorizam muito ações sociais como voluntariado e também quem se destaca em algum esporte, por exemplo - diz Janaína Mengue Brentano, gerente da agência de intercâmbio CI Zona Sul.
O inglês é o principal idioma falado pelos brasileiros que decidem estudar fora, e há milhares de instituições dispostas a receber estudantes estrangeiros. Os critérios de cada país são diferentes, então é preciso ficar atento ao que é mais valorizado em cada um. Nos Estados Unidos - o país que mais atrai alunos do Brasil para uma graduação - são valorizadas competências de liderança e altruísmo, enquanto algumas nações europeias, por exemplo, dão mais ênfase ao currículo, tanto profissional quanto acadêmico.
Em cada lugar, uma realidade
Claro que nada impede o futuro intercambista de concorrer a vagas em vários países. Porém, para cada um, é preciso entender que há muito mais a considerar do que apenas o que é exigido pela universidade: a cultura, os costumes, a vida estudantil, tudo é diferente de um lugar para o outro.
- Muitos vêm com o desejo de morar no Exterior e se graduar, o que é muito valorizado como experiência de vida e para o currículo também. Mas falta muita informação sobre o potencial de cursos e a importância de planejar o orçamento e quanto custa viver em outro país - explica Fernanda Zocchio Semeoni, diretora nacional da agência Experimento.