A proposta de um calendário para a retomada das atividades escolares presenciais em Porto Alegre, anunciada pelo prefeito Nelson Marchezan, nesta segunda-feira (14), surpreendeu até quem aguardava por uma decisão do município. Foi o caso do presidente do Sindicato do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (Sinepe-RS), Bruno Eizerik , que tem uma reunião com o prefeito agendada para terça-feira (15), 15h, na qual o tema deverá ser discutido.
Pelo calendário proposto, as aulas serão retomadas em 5 de outubro para a Educação Infantil, terceiro ano do Ensino Médio, Educação Profissional e Educação de Jovens e Adultos (EJA) - o que envolverá 104.358 alunos e 9.859 professores em 789 escolas.
Para o presidente do Sinepe, as datas sugeridas por Porto Alegre divergem das divulgadas pelo governo do Estado.
— Isso atrapalha um pouco o retorno. Há divergências de datas no ensino fundamental 1, por exemplo. O certo seria que todos os municípios e o governo do Estado se reunissem para fazerem um calendário único, facilitando a organização das escolas — sugere. — Fiquei surpreso porque temos reunião do ensino privado com a prefeitura, nesta terça — completa.
Eizerik ainda ressalta a questão das bandeiras que regulam o distanciamento controlado.
— Nós não poderemos ter aula em Porto Alegre antes de 2 de outubro porque nesta semana seguimos na vermelha. Precisamos ficar com bandeira laranja nas próximas duas semanas para retornarmos no início de outubro. Não sei se este calendário proposto está pronto ou ainda poderá ser discutido na reunião de terça. Mas acho que temos que celebrar tudo que falemos sobre volta à normalidade. Que bom que temos, pelo menos, um calendário! — diz o presidente do Sinepe.
Na semana passada, o assunto ganhou peso na reunião entre Marchezan e empresários da Capital. Até a apresentação de protocolos foi prometida para a semana passada. A elaboração do calendário, no entanto, foi finalizada pelo Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus nesta segunda-feira.