Após quatro meses da enchente histórica que atingiu o Rio Grande do Sul, uma escola estadual permanece fechada. O Colégio Estadual Tereza Francescutti, localizado no bairro Mathias Velho, em Canoas, teve a estrutura comprometida e só deve reabrir em 2025.
A escola está interditada devido aos estragos causados pela água. Paredes estão com rachaduras e o telhado comprometido, o que impossibilita o retorno das aulas no local. A região do Mathias Velho permaneceu mais de 30 dias inundada.
De acordo com a coordenadora regional de educação, Mara Maria Valandro, vistorias foram realizadas e um projeto para reestruturação está sendo montado. No entanto, a obra só deve começar no próximo ano.
— Em 2024 só teremos tempo para realizar e aprovar o projeto de restruturação. A execução da obra vai ficar para 2025. Enquanto isso não ocorrer, não há condições de reabrir a sede. Isso seria colocar alunos e professores em risco — explicou.
Procurada pela reportagem de Zero Hora, a Secretaria de Obras Públicas do Estado informou que a empresa que fará a recuperação da escola será definida em até 15 dias. O prazo para conclusão só será estabelecido após a assinatura do contrato. Segundo a pasta, a licitação deve ser homologada de maneira simplificada, o que agiliza a manutenção das escolas estaduais.
Com 898 alunos, o Colégio Estadual Tereza Francescutti tem turmas de Ensino Fundamental, Ensino Médio e de Educação de Jovens e Adultos (EJA). Devido à situação do prédio, as atividades estão ocorrendo no formato remoto.
Ainda segundo a coordenadora, ao menos 80 estudantes trocaram de instituição em razão do cenário. A partir da próxima segunda-feira (23), as aulas serão realizadas de forma presencial na Escola Estadual São Francisco de Assis.
A São Francisco de Assis também fica no bairro Mathias Velho e foi atingida pela enchente. No entanto, passou por reforma. O prédio será dividido para as duas instituições.
Conforme a Secretaria Estadual da Educação (Seduc), os alunos seguirão no local até a conclusão das obras na Tereza Francescutti. Das 2.338 escolas da rede, 606 foram danificadas durante a catástrofe climática.