O governo do Estado realiza levantamento sobre a situação de escolas públicas da rede que devem ser reconstruídas em outros endereços e não descarta que, em razão da enchente, algumas fechem em definitivo. O mapeamento está sob responsabilidade da Secretaria Estadual da Educação (Seduc).
Em reunião na tarde desta segunda-feira (8), na Câmara Temática de Educação do Conselho do Plano Rio Grande, a secretária estadual da Educação, Raquel Teixeira, afirmou que a decisão "ainda não está tomada". Ela citou o caso de uma instituição no Vale do Rio Pardo.
A Escola Estadual de Ensino Médio Mariante, em Venâncio Aires, foi completamente destruída. A instituição registrou queda no número de alunos após o evento climático – de 170 para 90. O grupo foi encaminhado para outra escola do município.
— Vamos ampliar (na nova escola) umas duas salas de aula para dar mais conforto. Mas, talvez, não haja necessidade de uma nova escola Mariante. Ela vai se fundir com a outra escola — explica a secretária Raquel.
Além do eventual fechamento de escolas, a secretária citou que o mapeamento deve sugerir mudanças de endereços. Os novos locais dependerão da parceria com as prefeituras. Escolas em áreas atingidas mais de uma vez pelos eventos climáticos, como Vale do Taquari, são as principais candidatas. Um exemplo citado por Raquel é a Escola Estadual Padre Fernando, em Roca Sales, danificada já em 2023. Atualmente, os alunos estão tendo aula em espaços improvisados cedidos por uma igreja.
A secretária também comentou a busca por 896 alunos da rede que "desapareceram" após a enchente. Além da procura em abrigos, a pasta trabalha com a hipótese de as famílias atingidas terem se mudado para outro Estados. A secretária afirmou, após a reunião da Câmara Temática de Educação, que contatou formalmente secretarias de educação de outros Estados – como Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul –, de onde já chegaram relatos de alunos gaúchos inscritos nas rede públicas.