Grande parte das escolas particulares gaúchas (73,5%) conseguirá receber todos os estudantes em sala de aula já a partir desta segunda-feira (8), data em que o retorno presencial se torna obrigatório no Estado. Outras 23,9% ainda precisarão fazer revezamento de alunos, devido ao distanciamento mínimo de um metro entre classes, e 2,6% não souberam responder.
Os dados são de uma pesquisa divulgada pelo Sindicato do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (Sinepe/RS) nesta segunda. O levantamento foi realizado de 1º a 4 de novembro, com 113 instituições particulares da Educação Básica — que abrange Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio e Ensino Técnico.
De acordo com a pesquisa, a necessidade de revezamento ocorrerá, em média, em 30% das turmas. Esse número tem como base a quantidade de estudantes matriculados em cada ano, sendo assim, poderá ser menor caso haja alunos que precisem permanecer em casa por razões médicas.
O decreto estadual que prevê o retorno obrigatório de todos os estudantes – exceto aqueles com atestado médico – permite às escolas que não tiverem espaço físico para garantir o distanciamento mínimo de um metro entre classes seguir fazendo revezamento entre seus estudantes — o que acaba gerando a necessidade de manter a oferta do ensino híbrido em algumas instituições.
O Colégio ACM, no Centro Histórico de Porto Alegre, foi uma das instituições privadas que precisou adotar o rodízio em duas de suas 21 turmas. Na manhã desta segunda, no entanto, as salas de aula da escola estavam longe da lotação máxima. Segundo a diretora Rosângela Bortolini, os estudantes estão retornando aos poucos.
Protocolos sanitários vigentes como uso obrigatório de máscara, medidas de higienização e ventilação de ambientes também seguem valendo em todas as instituições privadas, reforça o Sinepe.