A retomada da restauração do Instituto de Educação General Flores da Cunha, em Porto Alegre, não se concretizou. Após dois anos suspensas, as obras tinham previsão de serem restabelecidas no início de outubro. Ao apagar das luzes do mês, contudo, o cenário no local é de janelas com tapumes, matagal alto no entorno, fachada repleta de pichações e nenhum operário trabalhando. A escola está fechada desde 2016, quando os 1,2 mil alunos nela matriculados foram distribuídos em quatro instituições diferentes.
Em reunião nesta terça-feira (26), o presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Gabriel Souza (MDB), recebeu requerimento de uso da tribuna popular para falar sobre o tema em novembro e de realização de uma audiência pública sobre o assunto na Casa em 3 de dezembro. O pedido foi feito pela deputada estadual Sofia Cavedon (PT), pela Comissão do Restauro, pela direção da escola e por alunas do Instituto de Educação.
A previsão de retomada das obras para 4 de outubro constava em ofício enviado em setembro pelo Departamento de Obras Escolares da Secretaria Estadual de Educação (Seduc) ao Ministério Público do Rio Grande do Sul, que também acompanha o caso. O documento informava que estava sendo feito um aditivo contratual junto à empresa licitada para fazer a restauração, a Concrejato Serviços Técnicos de Engenharia S/A.
As obras estão interrompidas desde setembro de 2019, por falta de pagamento. A mais recente previsão de conclusão da reforma dada pela Seduc foi para o primeiro semestre de 2023. Ainda faltam trabalhos de restauração, instalação de redes de infraestrutura, de elevador, de plataformas elevatórias, de rampas de acesso, pavimentações externas e comunicação visual, entre outros.
Procurada, a Seduc não se manifestou sobre o motivo do novo atraso até o fechamento desta reportagem.