O governador Eduardo Leite afirmou, nesta terça-feira (26), que “muito provavelmente” será determinado o retorno obrigatório das aulas presenciais, no Rio Grande do Sul. A decisão sairá da reunião desta quarta-feira (27) do gabinete de crise – grupo comandado pelo próprio governador e que estabelece os protocolos de enfrentamento à pandemia.
— Já há discussão no gabinete de crise da retirada de qualquer restrição. A gente tinha restrição, que foi reduzida para um metro, e agora a gente está discutindo e, muito provavelmente, a gente avance na direção de retirar qualquer restrição para que as turmas possam estar completas em sala de aula — disse Leite.
Na resposta, o governador afirmou que a mudança, se confirmada, representará a obrigatoriedade de volta presencial para todos os estudantes.
— Boa parte das escolas consegue ter a volta integral. Outras precisam fazer ainda revezamento. É sobre isso que estamos discutindo. Levantar as restrições, permitindo que todas as escolas tenham condições de voltar todos os alunos, o que será exigido para todos os alunos —acrescentou Leite.
Perguntado se a obrigatoriedade da aula presencial valeria também para a rede privada, o governador afirmou:
— É a regra para todo o Estado. Em todo o Estado se retiraria a restrição de distanciamento.
A reunião do gabinete de crise está marcada para as 14h de quarta-feira. Na última semana, o tema entrou em discussão, mas o colegiado decidiu adiar a análise.
– Muita gente acha que já está quase terminando o ano. Não está. Um dia dia de aula vale a pena – acrescentou a secretária estadual da Educação, Raquel Teixeira.
A obrigatoriedade de ensino presencial é uma bandeira do Sindicato do Ensino Privado (Sinepe), entidade que representa as instituições privadas de ensino.
– O Sinepe sempre diz que o lugar de aluno é em sala de aula. O ensino é tão importante que a não obrigatoriedade demonstra o descaso com a educação. Tornar obrigatório o ensino presencial é um caminho natural –afirma o presidente da entidade, Bruno Eizerik.
A obrigatoriedade de retomada presencial do ensino já foi determinada em Estados como São Paulo e Mato Grosso.