Na tentativa de reduzir a evasão escolar na rede estadual, o governo do Estado anunciou, nesta terça-feira (26), o pagamento de R$ 150 por mês a estudantes do Ensino Médio. A bolsa permanência é destinada a 79,7 mil alunos em situação de vulnerabilidade, começa a ser paga em dezembro e tem previsão de durar até o fim de 2022.
Serão beneficiados jovens que estejam matriculados na rede estadual e integrem famílias inseridas no Cadastro Único do governo federal – listagem usada para pagamento do Bolsa Família. Para ter direito ao benefício, o jovem deverá ter frequência mínima de 80% nas aulas e participar das avaliações realizadas pelo governo do Estado.
– A bolsa de permanência serve para, diante do desafio de reter esses jovens em um momento de economia cambaleante, conseguirmos ter um diferenciar para assegurar a sua permanência nas escolas – afirmou o governador Eduardo Leite.
O pagamento será feito para o responsável da família, por meio do Cartão Cidadão – lançado na última semana pelo Palácio Piratini e que servirá para os saques dos benefícios sociais estaduais. Para cada jovem beneficiário da família, serão pagos R$ 150. A retirada do cartão poderá ser feita a partir de 16 de novembro nas agências do Banrisul indicadas pelo governo.
No primeiro saque, previsto para dezembro, os beneficiários terão à disposição R$ 300 referentes a outubro e novembro. A partir daí, os depósitos relativos a cada mês serão feitos sempre no início do mês seguinte. Nomeado Bolsa Todo Jovem na Escola, o programa custará R$ 180 milhões até o fim de 2022.
– Temos várias razões para o estudante não querer voltar. Primeiro, ele virou fonte de renda para a família. Outros não voltam porque pensam: “já passou muito tempo, não aprendi nada e não vou conseguir recuperar”. A esses digo que as escolas estão fazendo todo o esforço para recuperar a perda de aprendizagem – disse a secretária estadual da Educação, Raquel Teixeira.
O governo também vai distribuir 6 mil celulares para estudantes de baixa renda, para auxiliá-los na realização das atividades de ensino remoto. Os dispositivos serão encaminhados para um grupo de escolas selecionadas conforme um índice calculado pelo Departamento de Economia e Estatística. Os equipamentos que serão distribuídos são fruto de apreensões da Receita Federal.