Terminou com atraso, nesta quarta-feira (28), a votação dos conselheiros da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) para a escolha do novo reitor da instituição. Luciano Schuch, um dos candidatos que representam a atual gestão de Paulo Burmann, foi o mais votado, com 42 votos. Ele é o vice-reitor de Burmann.
Em segundo lugar, ficou Martha Bohrer Adaime, atual chefe de gabinete da UFSM. Ela recebeu 32 votos. Em terceiro, a professora Cristina Nogueira, com 29 votos.
Em último lugar, ficou o candidato considerado o mais distante da atual reitoria, professor Rogério Ferrer Koff. Com 17 votos, ele está fora da lista tríplice. Houve ainda um voto nulo.
A votação para definição da lista tríplice atrasou por conta de problemas técnicos de uma das conselheiras. A votação foi feita de forma virtual, durante uma reunião online entre os conselhos de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE), universitário (Consu) e de conselheiros curadores.
Os mesmos eleitos para reitor também se candidataram para vice. Para esse cargo, a lista tríplice ficou nesta ordem: Martha Adaime, que recebeu 49 votos; Luciano Schuch, com 33 votos; e Cristina Nogueira, com 23 votos. O professor Genesio Mario da Rosa recebeu 13 votos e fica fora. A votação para vice teve ainda um voto em branco e dois votos nulos.
Ainda no período de eleições, na sexta-feira da semana passada (23), Koff entrou na Justiça, para tentar impugnar a campanha dos demais candidatos. A justificativa do professor foi de que Luciano Schuch, Martha Adaime e Cristina Nogueira candidataram-se para ambos os cargos. A judicialização da eleição poderia resultar em um processo de intervenção na UFSM. O pedido, no entanto, foi negado pelo juiz Rafael Tadeu Rocha da Silva, da 3ª Vara Federal de Santa Maria, alegando que a UFSM tem autonomia e não cabe intervenção da Justiça.
De hoje para quinta-feira (29), fica aberto o período de recurso, quando é possível que se alegue algo contra a votação. Depois disso, ainda na quinta-feira será divulgado o resultado final da lista tríplice para o cargo de reitor, que então será encaminhado para o governo federal. A partir daí, o presidente Jair Bolsonaro deve fazer a nomeação do novo gestor, o que deve ocorrer até o dia 28 de dezembro, já que o mandato do atual reitor, Paulo Burmann, encerra-se no dia 27 daquele mês.
Como tradição, Bolsonaro terá que escolher entre os três nomes indicados na lista. Uma decisão do ano passado do Supremo Tribunal Federal (STF) impede que o presidente escolha algum nome fora da lista tríplice para conduzir as universidades federais.
A lista para reitor é a única que vai para o governo federal. Quando Bolsonaro decidir quem ocupará o novo cargo, o eleito deverá escolher o vice. A tendência é de que o novo reitor preze pelo nome mais votado da lista.