O gabinete de crise do governo do Estado, que dá a última palavra sobre os protocolos para enfrentamento do coronavírus no Rio Grande do Sul, rejeitou a proposta de reduzir a distância mínima entre os alunos em sala de aula. Assim, fica mantido o espaçamento mínimo de 1,5 metro entre cada estudante em sala de aula.
– A redução da distância mínima para 1,2 metro ou para um metro não foi acolhida, conforme parecer técnico – afirmou o procurador-geral do Estado, Eduardo Cunha da Costa.
O desejo de aproximar os alunos em sala de aula partiu do Sindicato do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (Sinepe). Na avaliação da instituição, a redução permitiria atender presencialmente um número maior de alunos, mantendo a segurança sanitária.
Na justificativa para continuar com o distanciamento mínimo de 1,5 metro, o parecer técnico do governo do Estado cita recomendações do Ministério da Educação, do Conselho Nacional de Secretários da Educação, da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do movimento Todos pela Educação.
A negativa do governo ao pedido de mudança no espaçamento mínimo veio junto com a aceitação a uma flexibilização no teto de ocupação das salas de aula. Acatando pedido do Sinepe, foi derrubada a trava que limitava a ocupação das salas a 50% dos alunos da turma.
O Sinepe fez três pedidos de flexibilizações em 2021. Ainda aguarda análise do Palácio Piratini sobre a demanda das escolas privadas para que seja obrigatória a presença dos estudantes em sala de aula, que hoje é opcional.