O governo Eduardo Leite deve reforçar, ainda nesta semana, uma campanha publicitária para convocar pais a levarem seus filhos para aulas em escolas do Rio Grande do Sul. O objetivo é combater a evasão escolar e os prejuízos do ensino remoto, que não é acessível para todos. A campanha defenderá que o retorno presencial às escolas é seguro.
Segundo o secretário de Estado da Educação, Faisal Karam, cerca de 25% dos 800 mil alunos da rede estadual gaúcha não tiveram aproveitamento no ensino remoto do ano passado. A presença nas aulas é vista pelo Piratini como uma forma de recuperar os conteúdos não aprendidos em 2020.
— Essa campanha já foi feita no ano passado, quando retomamos as aulas em outubro, e agora será intensificada com a secretaria de Comunicação. São algumas ações para o esclarecimento. O Estado fez o dever de casa no ano passado. Cabe falar com os pais para voltarmos com todos os cuidados, distanciamento de 1,5 metro entre aluno e outro e ocupação de no máximo 50% — diz o secretário.
Pelas regras atuais, as atividades funcionam em formato híbrido: voltam às escolas os alunos cujos pais optaram pelo retorno presencial. Quem mantém os filhos em casa recebe atividades para realizar de forma remota.
Mas o Gabinete de Crise do governo do Estado, formado por representantes de várias secretarias, está avaliando a possibilidade de tornar obrigatória a presença de estudantes no ensino híbrido para Ensino Fundamental, Ensino Médio e Ensino Superior. Caso aprovada, a frequência não será diária, mas respeitando o formato híbrido, com revezamento entre ida à escola e ensino remoto em casa.