O calendário de retorno das aulas presenciais divulgado nesta terça-feira (1º) foi observado de forma diferente pelas entidades ligadas ao ensino privado do Rio Grande do Sul. Enquanto o Sindicato das Instituições de Ensino Privado (Sinepe-RS) confirma que as escolas estão prontas, o Sindicato dos Professores do Ensino Privado (Sinpro-RS) acredita que ainda não é o momento da volta presencial das atividades.
O Sinepe saudou o cronograma de volta às aulas presenciais, anunciado pelo governo do Estado. O sindicato destacou que a maioria das escolas privadas está com planos de contingência prontos. O presidente do sindicato, Bruno Eizerik, ressaltou, no entanto, que a regra de distanciamento presente na norma do conselho estadual de educação não estabelece necessariamente que todas as escolas tenham que dividir as turmas em 50%.
— O que sabemos é o que está na norma do conselho, divulgada em 8 de junho. O objetivo é garantir um distanciamento linear de 1,50 metros entre os alunos. As escolas que possuem grandes salas de aula ou auditórios poderão ter mais estudantes de forma presencial, e não, obrigatoriamente, 50% da turma — explicou o presidente do Sinepe.
Já o Sindicato dos Professores do Ensino Privado afirma que ainda é cedo para a retomada das aulas presenciais, pois, mesmo atingindo uma estabilidade, os números da covid-19 do Rio Grande do Sul seguem levados. O Sinpro observa que o sentimento dos professores é de insegurança quanto ao contágio e pede diálogo com as entidades ligadas ao poder público.
— Não temos a posição de não voltar às aulas neste ano, mas tem que voltar com segurança. Entendemos, que, agora, ainda é muito cedo — reforçou o diretor do sindicato, Cássio Bessa.