Anunciado pelo presidente Jair Bolsonaro nesta quinta-feira (25), o novo ministro da Educação afirmou que pretende trabalhar para uma gestão baseada no diálogo. O professor Carlos Alberto Decotelli, que sucederá Abraham Weintraub, disse ainda que sua gestão será técnica, sem margem para discursos ideológicos. As declarações foram dadas em entrevista ao jornal O Globo.
— Sou professor da FGV (Fundação Getulio Vargas) há muito tempo e a minha questão é o trabalho. Não tenho nem preparação para fazer discussão ideológica. Vou conversar, dialogar. Minha visão é transformar o ambiente da política educacional em ambiente de sala de aula, e na sala de aula conversamos. A minha função é técnica — disse.
— O que o MEC mais precisa agora é executar as políticas públicas na educação, colocar em prática o que é previsto, arregaçar as mangas. Eu sou professor, trabalhei como presidente do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) e minha prática é entregar para a sociedade da melhor maneira possível as políticas de educação.
Decotelli disse que irá estabelecer relacionamento próximo a Estados e municípios. O novo ministro também afirmou que irá buscar no Congresso a articulação para aprovação do Fundeb.
O ministro listou prioridades a frente da pasta:
— A primeira é ampliar o diálogo e interlocução para que haja divulgação correta em relação às políticas do MEC, atualizar o cronograma dos compromissos que estão estabelecidos, as ponderações em relação ao novo Fundeb, as políticas envolvendo a covid-19 e a parte de biossegurança. Queremos fazer um trabalho de gestão interna integradora, com diálogo mais forte entre FNDE e Capes, e a estrutura operacional que é a estrutura estratégica no gabinete. A preocupação com a biossegurança para reativação das aulas e o Fundeb — afirmou.