A ESPM Porto Alegre ganhou destaque na Exposição de Pesquisa Experimental em Comunicação (Expocom), realizada na Universidade Federal do Pará, em Belém, na primeira semana de setembro. Cinco trabalhos desenvolvidos por alunos dos cursos de Publicidade e Propaganda e de Jornalismo foram premiados no evento promovido pelo Congresso Brasileiro de Comunicação.
Com a soma dos prêmios dos dois cursos, a instituição de Ensino Superior, entre privadas e públicas, foi a mais premiada do Brasil na Expocom 2019.
Trabalhos premiados
Criado para a Central de Doações de Órgãos do Rio Grande do Sul, o trabalho vencedor na categoria Melhor Campanha Publicitária inclui peças criadas para as disciplinas de Direção de Arte, Fotografia, Produção Audiovisual e Redação. A campanha mostra a importância de comunicar à família sobre a decisão de ser um doador de órgãos.
— A gente quis tratar esse assunto de uma forma mais leve. Como a doação de órgãos não tem idade, a gente deu uma pegada divertida e fez personagens carismáticos, para prender a atenção das pessoas — explica Lorrana Manghi, uma das participantes do grupo que desenvolveu o trabalho.
Laura Hartmann, Martina Bergallo e Pedro Lazzarotto também estiveram envolvidos na produção do material.
Já na categoria Publicidade em Mídia Alternativa, o prêmio foi para a campanha Mostra (In)visível, que expõe trabalhos artísticos de pessoas com deficiência visual. A exposição tinha como objetivo mostrar à comunidade local as percepções de mundo de um indivíduo com deficiência visual. Os autores das telas são membros da União de Cegos Do Rio Grande Do Sul (Ucergs), ONG porto-alegrense responsável pela habilitação e reabilitação da pessoa deficiente visual.
— A ideia do projeto surgiu ao entrevistarmos os usuários atendidos pela ONG. Percebemos que o bem mais valioso que a Ucergs detinha eram as histórias de superação dos indivíduos — diz Julia Fermiano, uma das alunas idealizadoras da mostra. Participaram também Carolina Lemos Dias, Cleiton Lima e Gregory Furtado.
Na categoria Jingle, o destaque foi o trabalho para a marca plus size Ashua. Emanuelle Canielas, participante do grupo, explica que, para realizar o trabalho, foi preciso passar por uma desconstrução do termo "gorda", que não é uma ofensa, e sim uma característica. O trabalho contou também com a produção de Caroline Pereira, Felipe Fuchs, Fernanda Fagundes e Laura Rech.
— Nossa ideia foi justamente falar com essas mulheres, falar que está tudo bem com o corpo delas e que elas têm que se sentir empoderadas — afirma a estudante.
O curso de Jornalismo recebeu prêmios em duas categorias. Em Projeto de Assessoria de Imprensa, os alunos desenvolveram um plano integrado de comunicação para a Casa do Menino Jesus de Praga, em Porto Alegre, que assiste crianças e adolescentes com lesão cerebral e deficiência motora.
A categoria Produção Laboratorial em Audiojornalismo e Radiojornalismo premiou o projeto Sextou Podcast. Alunos de Jornalismo desenvolveram cinco episódios que debatem temas como regimes totalitários, experiências de quase morte, livros marcantes, angústia dos jovens na contemporaneidade e a história de drag queens porto-alegrenses. Os áudios foram produzidos pelos alunos João Pedro Argemi, Luis Henrique Cunha, Bárbara Bittencourt, Pietro Meinhart, Ana Luísa Ribeiro, Victoria Thomaz e Vitória Nascimento.
— Escolhemos os temas por afinidade com a pauta, mas também víamos o que poderia nos guiar — explica Vitória Nascimento.