O ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, foi questionado sobre as recentes polêmicas no MEC durante reunião na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, na quarta-feira (28). Mas foi a participação da deputada federal Tabata Amaral (PDT-SP), eleita aos 24 anos, que repercutiu nas redes sociais e se tornou um dos assuntos mais comentados do Twitter.
Em um vídeo publicado pela própria deputada no Twitter, ela questiona insistentemente o ministro a respeito de projetos e metas para a educação no Brasil.
"Hoje (quarta-feira) participei de uma reunião com o Ministro Ricardo Veléz (sic) na Comissão de Educação. Insistentemente o questionei sobre quais eram os projetos e metas para melhorar a qualidade da educação no Brasil, mas não obtive resposta", diz a mensagem da publicação.
Em certo momento do vídeo, a deputada se mostra contrariada com o fato de que o ministro não responde aos seus questionamentos e afirma que não espera mais nenhuma resposta.
"Saio dessa reunião extremamente decepcionada e sentindo que a sua incapacidade de apresentar uma proposta de saber dados básicos e fundamentais é um desrespeito, não só à educação, não só ao ministério, não só ao parlamento, mas ao Brasil como um todo", afirma.
Logo após, o ministro, visivelmente irritado, responde a parlamentar. "Se a senhora não espera nenhuma resposta, para que faz perguntas?". Vélez finaliza a reunião afirmando que precisa ir embora e que a única coisa que pode dizer é que seguirá no comando do MEC. "Só me demito se o senhor presidente da República me pedir. Se ele, que é o chefe do Estado, achar que minha colaboração não está sendo adequada."
Deputada gaúcha pede renúncia do ministro
Outro vídeo que teve repercussão nas redes sociais foi o do pronunciamento da deputada gaúcha Fernanda Melchionna (PSol). A parlamentar falou sobre a falta de discussão sobre temas importantes para a educação, como a necessidade de renovar o Fundo de Desenvolvimento e Manutenção da Educação Básica (Fundeb) – que vence no ano que vem – e pediu a renúncia do ministro.
Em entrevista à TV Bandeirantes na quarta-feira, o presidente Jair Bolsonaro reconheceu que "é preciso resolver a questão da educação". Mais tarde, ele usou o Twitter para negar a demissão do ministro.