Entre os dias 14 e 18 de fevereiro, a estudante Renata Padilha, 23 anos, de Pelotas, fez parte da delegação que representou o Brasil na Assembleia da Juventude 2019, na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, nos Estados Unidos. Ela conseguiu atingir R$ 10 mil necessários para a viagem após ter sua história divulgada, em dezembro passado.
— As pessoas passaram a acreditar mais em mim. Estava muito difícil arrecadar o dinheiro, mas isso mudou — conta a estudante de Relações Internacionais da Universidade Federal de Pelotas (UFPel).
Nascida e criada na Restinga, no extremo sul de Porto Alegre, Renata se envolve em ações sociais, grupos humanitários e de voluntariado desde cedo. Após passar no Sistema de Seleção Unificada (SiSu), ela conseguiu uma vaga na UFPel. Mudando-se para a cidade do sul do Estado, ela continuou sua história de ajuda ao próximo. Em Pelotas, auxilia um projeto de empreendedorismo, em comunidades carentes, dando aulas de inglês e levando conhecimento para a gurizada entrar no mercado de trabalho.
Mil jovens de 110 países
Nas redes sociais, a estudante também teve a força de moradores da Restinga, que divulgavam a vaquinha em grupos do bairro. A meta foi batida poucos dias antes da viagem. E não foi fácil. Renata conta que chegou a ficar sem dinheiro para hospedagem no último dia da Assembleia, sendo acolhida por membros da delegação.
No evento nos Estados Unidos, cerca de mil jovens de 110 países discutiram os grandes problemas do mundo, contribuindo na formação de novos líderes humanitários. Os jovens ouviram lideranças mundiais que desenvolvem ações para combate às desigualdades de gênero e ao aquecimento global, além da defesa do meio ambiente, entre outros problemas do planeta.
“Mudou minha vida”
Em uma sessão, no segundo dia da Assembleia, os participantes trabalharam meios de utilização das redes sociais para alcançar e informar os jovens sobre problemas ambientais. A estudante conta que saiu da atividade transformada e motivada a fazer a diferença na sociedade.
— Eu já queria mudar o mundo. Agora eu quero muito mais — afirma Renata.