
Uma das maiores principais companhias de moda de luxo do mundo, o Grupo Prada anunciou nesta quinta-feira (10) a compra da Versace por aproximadamente US$ 1,4 bilhão. Ambas as grifes são de Milão, na Itália.
"Estamos muito felizes em receber a Versace no Grupo Prada e construir um novo capítulo para uma marca com a qual compartilhamos um forte compromisso com a criatividade, o artesanato e o legado", declarou Patrizio Bertelli, presidente do Grupo Prada, em comunicado.
Fundada em 1978 por Giani Versace, atualmente a marca pertencia a Capri Holdings — empresa americana que também comanda outras grifes de luxo como Michael Kors e Jimmy Choo. A empresa havia adquirido a Versace em 2018 por US$ 2 bilhões — US$ 600 milhões a mais do que o valor pelo qual aceitou vender a grife italiana ao Grupo Prada.
O valor de venda pode estar atrelado aos cenários instáveis do mercado financeiro, resultado da guerra comercial que os Estados Unidos trava contra países do mundo do todo com troca de tarifas de importação. A transação deve ser concluída no segundo semestre de 2025.
Estima-se que a união da Versace com o Grupo Prada possa render até 6 bilhões de euros (R$ 40,1 bilhões) em receitas à companhia italiana com vendas de artigos de luxo. A arrecadação abre margem para tornar as marcas mais competitivas frente a concorrentes francesas como Louis Vuitton e Kering.
Em um movimento que já sugeria a aquisição anunciada nesta quinta-feira, a Versace contratou em março, como o seu novo diretor criativo, Dario Vitale, procedente da Miu Miu, a marca jovem da Prada. Ele assumiu o lugar de Donatella Versace, que foi catapultada para o comando da direção criativa da marca em 1997, após o assassinato de seu irmão Gianni.