
Começa a valer nesta quinta-feira (10) as taxas de 84% anunciadas pela China sobre produtos importados dos Estados Unidos. A medida é uma retaliação ao tarifaço do presidente norte-americano, Donald Trump.
A tarifa de 84% foi anunciada na manhã de quarta-feira (9), dia em que entrou em vigor tarifas de 104% dos Estados Unidos sobre a China.
À tarde, Trump informou que as taxas sobre os produtos chineses iriam aumentar para 125% "com efeito imediato". Há expectativa sobre a reação do país asiático após esse novo aumento imposto por Trump.
"Com base na falta de respeito que a China demonstrou aos mercados mundiais, estou, por meio deste, aumentando a tarifa cobrada da China pelos Estados Unidos da América para 125%, com efeito imediato", escreveu o líder norte-americano em sua rede social.
Acordo de meio-termo
A China pediu nesta quinta-feira aos Estados Unidos que os países alcancem um acordo de "meio-termo" para encerrar a guerra comercial, em um dia de euforia nos mercados depois que Donald Trump anunciou a suspensão temporária das novas tarifas para dezenas de países.
Pequim advertiu Washington que as tarifas "impactarão severamente" a estabilidade econômica mundial e pediu para que os países alcancem um compromisso de "meio-termo".
"A porta para o diálogo está aberta, mas este deve ser baseado no respeito mútuo e ser conduzido de maneira igualitária", afirmou a porta-voz do Ministério do Comércio, He Yongqian, antes de alertar que, em caso contrário, a China promete "lutar até o fim".
Redução a outros países
O republicano também declarou na quarta-feira a redução de tarifas recíprocas para 10% e pausa de 90 dias para os países que não retaliaram. No Brasil, por exemplo, será mantida a tarifa global de 10%.
Bolsas de valores
As bolsas asiáticas registraram forte alta nesta quinta-feira (10) e as europeias iniciaram o dia com a mesma tendência, em mercados aliviados pela pausa nas tarifas americanas, apesar das incertezas que ainda pesam sobre a China.
Nas primeiras negociações na Europa, a bolsa de Madri avançava 8,5%; Paris, 6,43%; Frankfurt, 7,81%; Londres, 5,99%; e Milão, 7,81%.
Na Ásia, o índice seletivo Nikkei de Tóquio fechou com uma alta expressiva de 9,12%, a 34.609 pontos, e o índice amplo Topix subiu 8,09%, a 2.539 pontos.
Em Seul, o índice Kospi ganhou 6,6%. A bolsa de Sydney registrou alta de 4,5% e a de Taipei subiu 9,25%.