O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, classificou como "corretas" as intervenções do Banco Central no mercado de câmbio.
— O câmbio não é fixo no Brasil, o dólar neste ano de 2024 termina muito forte no mundo todo. Mas penso que as intervenções do Banco Central foram corretas no sentido de dar liquidez pra quem eventualmente estava fazendo remessa, enquanto o mercado processava informações a respeito das medidas fiscais — afirmou a jornalistas no final da tarde desta segunda-feira (30).
Haddad também disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou os decretos de nomeação do novo presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, e dos três novos diretores, cujos mandatos se iniciam a partir de 1º de janeiro de 2025. O ato formal de nomeação foi feito na reunião realizada à tarde no Palácio da Alvorada.
Haddad também afirmou que, da parte da Fazenda, não haverá veto ao Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025, mas que outros ministérios podem propor. Lula deve sancionar a lei nesta terça.
— Que tenha partido da Fazenda, eu creio que não (terá vetos). Mas os outros ministérios são ouvidos também. Sobretudo o Planejamento, que formula tanto a peça orçamentária quanto a lei de diretrizes orçamentárias — afirmou ao chegar ao ministério após o encontro com Lula.
Na mesma ocasião, negou que houve um rombo recorde nas empresas estatais em 2024, como foi noticiado pela imprensa:
— Não é verdade. Aliás, o próprio jornal que noticiou está fazendo as correções devidas. Às vezes, a contabilidade das estatais não é a mesma da contabilidade pública. Então quando você faz investimento, às vezes aparece como déficit, o que não é.
Haddad ainda afirmou que o déficit das estatais "não necessariamente" afeta a dívida do setor público.