Após reuniões com os presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sobre o pacote de redução de gastos, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que não sabe se haverá tempo hábil para o anúncio das medidas nesta semana.
— Hoje (quarta) nós ainda temos uma reunião com o presidente (Lula), mas eu não sei se há tempo hábil (para anúncio). Se o presidente autorizar, anunciamos. Mas o mais importante, assim que ele der a autorização, nós estamos prontos para dar publicidade aos detalhes — respondeu a jornalistas na portaria do Ministério da Fazenda, quando retornava da reunião com Lira.
O ministro disse que aproveitou seu encontro com o presidente da Câmara para levar o conceito das medidas que estão sendo gestadas pelo governo e uma visão geral das contas que estarão no conceito de adequação ao arcabouço fiscal. A sinalização de Lira é de que fará todo o esforço necessário para que o projeto seja votado neste ano, segundo o ministro.
— O presidente (Lira) conhece muito bem o arcabouço, foi negociado com ele. Ele praticamente foi um correlator para conseguir angariar apoio e substituir o teto de gastos por algo que fosse mais sustentável no tempo. E ele sabe que, pela dinâmica das despesas, se nós não conseguimos colocar cada rubrica dentro da mesma lógica, fica difícil sustentar o arcabouço no tempo — disse Haddad.
O ministro ressaltou que essa não é uma preocupação para 2025 e 2026.
— Não estamos preocupados em concluir o mandato e cumprir o arcabouço. Nós estamos preocupados em regras sustentáveis para fazer com que ele tenha uma vigência longa e cumpra o seu objetivo de alcançar o equilíbrio fiscal — disse.