O Rio Grande do Sul começou 2024 com saldo positivo no mercado de trabalho formal. O Estado criou 20.810 vagas com carteira assinada em janeiro, o melhor resultado para esse mês nos últimos três anos. Em 2021, foram abertas 29.077 postos de trabalho na arrancada do ano.
Os dados são do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego na manhã desta sexta-feira (15). O saldo de janeiro é o resultado de 134.553 contratações e 113.743 demissões no período.
O Rio Grande do Sul anotou a terceira maior geração de vagas no país no primeiro mês do ano, ficando atrás apenas de São Paulo (+38.499) e Santa Catarina (+26.210). No ano passado, foram abertas 10.760 vagas em janeiro, segundo dados atualizados do Caged.
Abrindo as informações por ramos da economia, o desempenho da largada do ano foi puxado pela agropecuária, que criou 10.700 postos. Em seguida, aparecem indústria (+6.834), serviços (+3.786) e construção (+1.686). O comércio é o único setor com resultado negativo, fechando 2.196 postos no mês.
Lisiane Fonseca da Silva, economista que atua na área do mercado de trabalho e professora da Universidade Feevale, afirma que, além de fatores sazonais que afetam o agronegócio nessa época do ano, a melhoria em indicadores econômicos também pode ter participação nesse avanço das contratações. Com avanço da desinflação e início do corte na taxa de juro no segundo semestre, isso abriu espaço para início de ano com mais fôlego no mercado de trabalho, segundo a economista:
— Se tu tens um cenário que é positivo, os setores tanto de produção quanto de consumo se sentem muito mais otimistas e estimulados a fazerem investimentos. (...) O cenário passado refletir nesse início de ano é factível.
Para os próximos meses, existe espaço para estabilidade na geração de vagas com carteira assinada, segundo a professora. Mas isso depende de variáveis, como curva de juro em queda e inflação controlada.
País
No país, foram abertas 180.395 vagas com carteira assinada. O saldo discorreu de 2.067.817 admissões e 1.887.422 desligamentos no mês. O resultado foi positivo em 25 das 27 unidades da federação.
Entre os setores no Brasil, o maior crescimento foi registrado no segmento de serviços, que abriu 80.587 postos.