Caiu para 62 mil o número de "desalentados" no Rio Grande do Sul no último trimestre de 2023. Pessoas consideradas desalentadas são aquelas que estão desempregadas, mas gostariam de trabalhar e estariam disponíveis, porém não procuram por achar que não encontrariam. São 3 mil (-4,4%) a menos do que no trimestre anterior e 14 mil (-18,1%) a menos do que no mesmo período de 2022. Ou seja, são recuos significativos. Esta última comparação é melhor, pois não é influenciada pelas vagas temporárias para as vendas de final de ano. O dado faz parte da pesquisa do IBGE que calcula, a cada trimestre, a taxa de desemprego nos Estados.
Há vários motivos que levam as pessoas a desistirem de buscar trabalho. Entre eles, está não encontrar vaga na localidade, não achar uma atividade adequada, não ter conseguido por ser considerado muito jovem ou idoso ou não ter experiência profissional ou qualificação. Em tempos de crise, como a pandemia ou a longa recessão que começou em 2014, também aumenta o desalento, pois as pessoas desistem por não acharem vaga depois de algum tempo de procura.
Agora, o cenário é diferente. A taxa de desemprego vem caindo. No Rio Grande do Sul, ela fechou 2023 em 5,2%, se aproximando dos patamares considerados de pleno emprego. Isso já é um fator consistente para que pessoas que tinham desistido voltem a buscar trabalho. Além disso, os salários, inclusive o mínimo, têm obtido reajustes acima da inflação, gerando um ganho real do poder aquisitivo. Atualmente, os desalentados representam 1% da força de trabalho no Estado.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Vitor Netto (vitor.netto@rdgaucha.com.br e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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