O ano começou com alta na inadimplência no Rio Grande do Sul, com a taxa passando dos 38,73% de dezembro de 2023 para 39,28% em janeiro de 2024, perto do recorde. Também fica acima do indicador do mesmo mês do ano passado (38,4%), comparação importante a ser feita já que dezembro teve pagamento de contas com o 13º salário, gerando um efeito sazonal peculiar de queda no índice.
Parece um aumento pequeno, mas ele aponta uma reversão da queda. Além disso, são 3,564 milhões de gaúchos com contas atrasadas, 50 mil a mais do que no mês anterior. Ou seja, quatro em cada 10 adultos estão inadimplentes, pela projeção da Serasa Experian. A divisão por gênero é igual, 50% homens, 50% mulheres.
As quase 14 mil dívidas não pagas estão somando R$ 19,841 bilhões. Cada consumidor inadimplente deve, portanto, R$ 5.566 em média. A maior parte delas (30%) é com bancos e cartões. Se considerar financeiras, este grupo representa a metade dos credores.
O indicador considera as variações registradas em títulos protestados, dívidas vencidas com bancos e dívidas não bancárias (lojas em geral, cartões de crédito, financeiras, prestadoras de serviços como fornecimento de energia elétrica, água, telefonia etc) e até cheque sem fundo. Ao não computar apenas a inadimplência do sistema financeiro, a Serasa consegue capturar movimentos cíclicos, que, muitas vezes, se manifestam no setor bancário dentro de 6 a 12 meses.
Capital
Em Porto Alegre, a Serasa estima estarem 523.297 dos gaúchos que estão inadimplentes. O total das contas atrasadas por moradores da Capital soma R$ 3,460 bilhões. O valor médio devido por consumidor da cidade é de R$ 6.612, bem acima da média estadual.
Inadimplentes por cidade:
- Porto Alegre 523.297 pessoas
- Caxias do Sul 146.031
- Canoas 147.768
- Pelotas 106.592
- Santa Maria 98.108
- Novo Hamburgo 84.514
- Passo Fundo 74.222
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Vitor Netto (vitor.netto@rdgaucha.com.br e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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