A inflação na região metropolitana de Porto Alegre segue em rota de perda de ritmo. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) local cresceu 0,04% em outubro após subir 0,18% em setembro. Com o novo pé no freio, a Grande Porto Alegre apresenta três desacelerações seguidas no IPCA em um período com quatro taxas consecutivas com inflação. Ou seja, segue no campo de alta, mas com menos intensidade. O dado foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na manhã desta sexta-feira (10).
A inflação da Grande Porto Alegre em outubro é menor ante o dado da média nacional (0,24%) no mês. No entanto, esse cenário é diferente olhando os agregados. No acumulado do ano, o IPCA da Região Metropolitana está em 3,83%. No período de 12 meses, o indicador ficou em 4,85%. Em ambos os casos, o patamar é acima do observado na média nacional.
Das 12 regiões pesquisadas no IPCA que apresentaram alta, a menor taxa é observada na Grande Porto Alegre.
Grupos
Sete dos nove grupos pesquisados apresentaram inflação em outubro na Região Metropolitana. Despesas pessoais (0,79%), vestuário (0,43%) e artigos de residência (0,28%) apresentam as maiores altas, olhando apenas o percentual. Alimentação e bebidas (-0,38%) e transportes (-0,14%) são os únicos segmentos com queda no indicador.
Olhando apenas os maiores avanços individuais na variação percentual, passagens aéreas (29,1%), cebola (15,95%) e táxi (14,34%) apresentaram as maiores altas no mês de outubro entre os itens pesquisados.
Olhando pelo lado do impacto, passagens aéreas tiveram o maior positivo (0,22 ponto percentual) e gasolina o maior negativo (-0,24 ponto percentual)
O IBGE atribui o salto nas passagens aéreas ao aumento no preço da querosene de aviação e na proximidade do período de férias.