Cinco das 10 atividades econômicas registraram demissões no trimestre encerrado em abril, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados nesta quarta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na passagem do trimestre terminado em janeiro para o trimestre encerrado em abril, houve geração de vagas em transporte e armazenagem (67 mil), alojamento e alimentação (56 mil) e informação, comunicação e atividades financeiras, profissionais e administrativas (27 mil), indústria (16 mil) e administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (136 mil).
As demissões ocorreram na construção (-155 mil), outros serviços (-121 mil), comércio (-265 mil), serviços domésticos (-196 mil) e agricultura (-204 mil).
Segundo Alessandra Brito, analista da pesquisa do IBGE, as demissões no comércio e na agricultura são sazonais.
— A agricultura tem mais a ver com o tempo da safra. A gente sempre vê agricultura e comércio com redução (na ocupação) nesse período do ano — justificou.
Em relação ao patamar de um ano antes, as únicas atividades com perdas foram a agricultura, que demitiu 455 mil trabalhadores, a construção, que dispensou 242 mil pessoas, e os serviços domésticos, com menos 97 mil trabalhadores.
Comparado a 2022, os demais setores contrataram: administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (760 mil trabalhadores a mais), comércio (340 mil), alojamento e alimentação (127 mil), indústria (166 mil), informação, comunicação e atividades financeiras (461 mil), transporte (395 mil) e outros serviços (75 mil).