O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou, nesta segunda-feira (3), a busca e apreensão de dados de executivos da Americanas, após suspender a operação em fevereiro.
O ministro determinou, contudo, que mensagens trocadas entre os diretores da Americanas e seus advogados sejam excluídas da busca, para preservar o sigilo garantido por lei. Moraes reconheceu que a medida colocaria em risco o sigilo de comunicação entre advogados e clientes.
Antes, ao suspender a medida, Moraes havia atendido recurso da varejista contra decisão da Justiça de São Paulo.
A decisão abrange membros do Conselho de Administração e do Comitê de Auditoria — tanto os atuais quanto os que atuaram nesses cargos pelos últimos 10 anos. Também atinge funcionários das áreas de Contabilidade e Finanças da companhia, atuais e dos últimos 10 anos.
No dia 11 de janeiro, a Americanas informou ter encontrado "inconsistências contábeis", que posteriormente revelaram dívidas próximas a R$ 40 bilhões.
Em 19 de janeiro, a empresa ingressou com um pedido de recuperação judicial, que foi aceito pela Justiça do Rio de Janeiro no mesmo dia.