O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (7), em evento da Caixa Econômica Federal, que está se preparando para apresentar o Desenrola, programa de renegociação de dívidas do banco, ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, nos próximos dias.
— Cinquenta milhões de negativados é a população de zero a dois salários mínimos que, em geral, estão em outros programas sociais. Se não desatar o nó de alto endividamento no período pós-pandemia, não vai reestruturar as famílias — declarou o ministro.
No evento, Haddad ainda elogiou a Caixa, chamada por ele de "banco da família", e destacou o papel da instituição nos programas Minha Casa Minha Vida, Prouni e Fies, marcos das gestões petistas anteriores.
Segundo afirmou também nesta terça-feira a presidente da Caixa Econômica Federal, Rita Serrano, o Desenrola deve ser lançado nas próximas semanas.
— O desenho ainda não está pronto, a previsão é de ser apresentado até o final do mês. Está se estudando porque talvez algumas medidas dele tenham que ser passadas pelo Congresso Nacional — destacou Rita, após participar de evento do banco público sobre a expansão de serviços para a população indígena.
Ainda de acordo com Rita Serrano, o novo cartão do Bolsa Família terá função de débito para os beneficiários. A presidente da Caixa reforçou também que é preciso manter o banco sustentável economicamente, sem abrir mão de atender as famílias brasileiras.
— Estamos levando justiça social e reduzindo desigualdades, sem deixar de lado a missão comercial da Caixa. Não vamos medir esforços para que a Caixa volte a atender com excelência — acrescentou.
Ao lado da presidente da Caixa, o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, afirmou que a Caixa terá estrutura em bases do Exército próximas a territórios yanomami, que estão no centro de uma crise humanitária no norte do país.
— O objetivo é ter um atendimento mais humanizado, e temos forte apoio da Caixa — ressaltou o ministro.