O diretor de Política Monetária do Banco Central, Bruno Serra, disse nesta quarta-feira, 8, que vai cumprir mandato até o fim deste mês e que pode ficar no cargo até a indicação de um substituto. "Fico até o fim do meu mandato, no fim do mês. Se já tiver nome indicado, saio, naturalmente. Se não tiver, eu posso ficar um pouquinho mais, mas depende do presidente do Banco Central Roberto Campos Neto", disse Serra.
Em janeiro, o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) mostrou que, nos bastidores, Serra já havia sinalizado disponibilidade em estender a permanência no BC. Isso já aconteceu no ano passado, quando João Manoel Pinho de Mello, ex-diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução, aceitou ficar por mais uma reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), para evitar o desfalque do comitê em um momento de inflação nas alturas.
A jornalistas, Serra afirmou que vai conversar a respeito com Campos Neto. Ele falou com jornalistas antes da palestra 'Futuro e Cenários Econômicos', da iniciativa Repensar Macaé, em hotel da cidade do Norte do Estado do Rio de Janeiro.
Ele não fez comentários sobre os atritos entre a instituição e o Planalto. Nos últimos dias, o presidente Lula (PT) tem feito reiteradas críticas à autonomia do BC, a meta de inflação e a Selic, atualmente em 13,75% ao ano. Esse valor, para Lula, dificultaria o crescimento econômico.