A pista central do Parque de Exposições Assis Brasil foi palco na manhã desta quinta-feira (19) de um evento de abertura da 43ª Expoleite e da 16ª Fenasul. A feira, que começou nessa quarta-feira (18) e segue até domingo (22), reúne as principais raças e entidades do setor leiteiro gaúcho em Esteio.
Retomada presencialmente após dois anos de programação modificada pela pandemia, a exposição agora terá data fixa no calendário de feiras agropecuárias do Rio Grande do Sul: ocorrerá sempre no terceiro fim de semana de maio. O anúncio foi feito pelo secretário da Agricultura do Estado, Domingos Velho Lopes.
A Fenasul e a Expoleite são consideradas grandes eventos dentre as feiras de outono e compõem a segunda maior exposição a ocupar o Parque Assis Brasil. Uma espécie de "aperitivo" para a Expointer.
Representando o governo gaúcho nesta quinta — o governador Ranolfo Vieira Júnior esteve no evento na quarta —, Domingos Velho Lopes abriu os discursos da cerimônia saudando as entidades que participam da organização, como Gadolando, Farsul, Febrac e Fetag.
— Se tem uma coisa que o RS precisa celebrar é a união das entidades, e hoje aqui na Expoleite vemos essa interseção — afirmou Lopes.
O secretário destacou o retorno da exposição em modelo presencial, aberta ao público em geral, e também celebrou o status de zona livre de febre aftosa sem vacinação, conquistado pelo Estado há um ano.
O presidente da Gadolando, Marcos Tang, em seu pronunciamento, comemorou o anúncio de data fixa para a exposição:
— Sempre digo que data e local são patrimônios e nos incomodava ter que lutar por isso. Foi a coisa mais importante e agora está demarcado.
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O prefeito de Esteio, Leonardo Pascoal, salientou a importância da feira, cada vez mais robusta, com maior participação de raças e de animais.
— É uma demonstração clara de trabalho que o nosso povo tem — disse Pascoal.
Francisco Schardong, coordenador da Comissão de Exposições e Feiras da Federação da Agricultura do Estado (Farsul), destacou as dificuldades enfrentadas pelo setor e enalteceu o trabalho e a função social desempenhada pela cadeia leiteira. Os produtores de leite estão entre os que mais amargam os altos custos de produção e foram fortemente atingidos pelos efeitos da estiagem, que impactaram a alimentação dos animais.
— Um setor sofrido como esse, que muitas vezes paga para trabalhar, merece um momento como esse — disse Schardong.
Presidente da Febrac, João Francisco Wolf celebrou a retomada da feira após dois anos e reforçou a importância de estar com o parque cheio e da renovação de gerações que mantém o setor ativo no Estado.
Finalizando a solenidade, Tang, da Gadolando, agradeceu o apoio da secretaria da Agricultura na realização da feira e, principalmente, às entidades de raças pela presença dos animais. O presidente de uma das entidades organizadoras destacou que a exposição é uma oportunidade de integrar o campo e a cidade, com entrada gratuita para atrair público.
A cerimônia foi encerrada com um passeio das autoridades pelos corredores do Pavilhão Leiteiro, onde ficam os animais.
Este ano, a Fenasul e a Expoleite contam com a participação de mais de 680 animais inscritos. A edição também marca a estreia dos bubalinos na exposição.