No primeiro trimestre de 2022, o país tinha quase 3,5 milhões de pessoas em situação de desemprego de mais longo prazo, ou seja, em busca de um trabalho há pelo menos dois anos. Se considerados todos que procuram emprego há pelo menos um ano, esse contingente em situação de desemprego de longa duração sobe a 5 milhões. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) e foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Um total de 3,46 milhões tentava uma oportunidade de trabalho há dois anos ou mais, o equivalente a 29% do total de 11,95 milhões de desempregados existentes no período. Outros 1,54 milhão buscavam emprego há pelo menos um ano, 12,9% do total de desocupados.
Mais 4,88 milhões de brasileiros procuravam trabalho há um período entre um mês e um ano, o que equivale a 40,8% do total de desempregados. Os dados apontam ainda que 2,06 milhões tentavam uma vaga há menos de um mês, 17,2% do total.
Taxa composta de subutilização da força de trabalho
Ainda de acordo com o IBGE, no primeiro trimestre de 2022, a taxa composta de subutilização da força de trabalho foi mais elevada nos Estados do Piauí (43,9%), Sergipe (38,6%) e Alagoas (38,6%).
Os menores resultados ocorreram em Santa Catarina (8,3%), Mato Grosso (11,3%) e Paraná (14,0%). Na média nacional, a taxa de subutilização foi de 23,2% no primeiro trimestre.
Segundo o IBGE, entre os 4,6 milhões de desalentados do país, a Bahia concentrava o maior número: 648 mil desalentados, ou 14,1% do contingente nacional.
Informalidade
O instituto informou ainda que, entre os que trabalhavam, a taxa de informalidade alcançava 40,1% da população ocupada no primeiro trimestre.
Os menores resultados foram registrados em Santa Catarina (27,7%), Distrito Federal (30,3%) e São Paulo (30,5%).