Economia

Proposta do governo federal

"Não é um simples projeto de lei que fará uma alteração desse porte", diz subsecretário da Receita do RS sobre mudança em imposto dos combustíveis

Ricardo Neves Pereira falou ao "Gaúcha Atualidade" desta segunda-feira 

GZH

Em entrevista ao Gaúcha Atualidade desta segunda-feira (8), o subsecretário da Receita Estadual, Ricardo Neves Pereira, falou sobre a intenção do governo federal de estabelecer um valor fixo de ICMS sobre os combustíveis ou a incidência do imposto — que é estadual — no preço do produto vendido nas refinarias, e não nas bombas, como ocorre hoje. Para ele, a discussão deve ser tratada no âmbito de uma ampla reforma tributária, não em "um simples projeto de lei".

— A gente está bem aberto ao diálogo para tentar entender a proposta do governo federal. Os Estados não receberam esta proposta. Nossa avaliação técnica é de que precisaríamos de modificações constitucionais porque a cobrança está prevista na Constituição. Não é um simples projeto de lei que fará uma alteração desse porte. O melhor agora é acelerar o processo de reforma tributária, buscar uma solução definitiva, do que a gente ficar buscando remendos — afirmou.

Em média, o ICMS cobrado no país para gasolina, por exemplo, tem alíquota de 29% — no RS, é de 30%. A intenção do governo federal é de que esse imposto seja aplicado sobre o preço da refinaria, não no da bomba, como é hoje, ou seja, transformado em valor fixo, em nome da previsibilidade.  

No entanto, conforme o subsecretário da Receita Estadual, "o que faz que haja variação alta é o preço praticado pela Petrobras na venda":

— O ICMS é um percentual. Se não mudasse na refinaria, não mudaria no valor. A política praticada pela Petrobras, com variações em função do preço do petróleo, é o que acaba gerando essa imprevisibilidade e possível insegurança com os valores.

Ouça a entrevista completa:



GZH faz parte do The Trust Project
Saiba Mais
RBS BRAND STUDIO

Show dos Esportes

20:00 - 22:00