Em sua transmissão ao vivo nas redes sociais nesta quinta-feira (25), o presidente da República Jair Bolsonaro afirmou que deverá propor que o auxílio emergencial continue, nos próximos quatro meses, com o valor de R$ 250. A prorrogação depende de projeto a ser aprovado na Câmara dos Deputados e no Senado.
— Eu estive hoje (quinta) com o Paulo Guedes. A princípio, o que deve ser feito é R$ 250 de auxílio emergencial por quatro meses. Então é isso que está sendo disponibilizado — declarou o presidente.
A retomada do auxílio emergencial é defendida pelos presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). Nesta semana, foi levada ao Congresso uma proposta de emenda constitucional (PEC) que permite a desvinculação do Orçamento, com o objetivo de pagar esses valores. A desvinculação eliminaria o piso de investimentos em saúde e educação, por exemplo.
Rodrigo Pacheco admitiu a possibilidade de fatiar a proposta de emenda à Constituição (PEC) Emergencial e aprovar apenas a medida para destravar o auxílio emergencial, deixando os dispositivos de contenção de gastos para depois.
A votação da proposta, pautada para quinta-feira deve ser adiada para a próxima terça (2). A equipe econômica tenta barrar a pressão pelo fatiamento.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sinalizou que pode deixar de votar a proposta se os senadores aprovarem só o auxílio emergencial. A avaliação é que o restante da PEC, com as medidas de ajuste, vai "morrer" no Senado.
O movimento levou o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), a afirmar que a PEC não será fatiada. "Vamos votar uma PEC robusta, que traduza o compromisso com a sustentabilidade da dívida e a responsabilidade fiscal. Sem fatiamento", escreveu Bezerra, no Twitter.