O governo do Estado prepara um programa de um auxílio emergencial com destinação de renda a parte da população gaúcha mais afetada pela pandemia de coronavírus. A ideia do governo é garantir um repasse de dinheiro à população mais vulnerável no momento em que se encerrar o auxílio emergencial do governo federal.
Durante o anúncio da medida, nesta quinta-feira (21), o governador Eduardo Leite afirmou que busca fontes de financiamento que viabilizem o programa. Sem dar detalhes sobre qual a faixa de corte para o auxílio, Leite falou que o governo pretende "ajudar as famílias mais carentes".
— Estamos estudando o que seria possível ao governo do Estado e quais as fontes de financiamento possíveis para um programa estadual de transferência emergencial de renda. Estamos fazendo esses estudos. Estamos identificando fontes possíveis para ajudar as famílias mais carentes, especialmente quando ajuda emergencial do governo federal deixar de existir. Estamos estruturando isso – disse o governador, em transmissão ao vivo pela internet.
Antes do anúncio, Leite destacou os resultados de um estudo da Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag) sobre o impacto do coronavírus na renda dos gaúchos. Conforme o estudo, 14,8% da população gaúcha está apta a sacar as parcelas do auxílio emergencial do governo federal. Isso representa cerca de 1,6 milhão de pessoas que podem receber a ajuda. Desse total, há 85 mil mães solteiras.
O programa do governo federal prevê o pagamento de R$ 600 mensais, por três meses, para trabalhadores informais de grupos mais vulneráveis. As últimas transferências estão previstas para junho.