Com história em Santa Maria, a fábrica de refrigerantes Cyrilla retomará as atividades em dois meses, após cerca de 12 anos parada. A empresa, fundada em 1910, tinha tradição no Estado por vender uma bebida a base dos óleos da casca da laranja, a Cyrillinha.
Cerca de dois anos após o encerramento das atividades, em 2008, três empresários da cidade resolveram se unir para não deixar a marca se perder. Luiz Antônio Marquezan Bagolin, um dos sócios, afirma que o objetivo era retomar a fábrica, mas fazendo as melhorias tecnológicas necessárias para que ela conseguisse entrar novamente no mercado.
— O que nós mantivemos da Cyrilla foram as fórmulas, que são únicas, em cada um dos refrigerantes. Mas não dava para voltar com a tecnologia que se tinha. Foi preciso reformar todo o prédio, e comprar máquinas novas, só pra começar.
E o investimento foi milionário. Marquezan não detalha valores, mas afirma que, além de dinheiro que saiu do bolso dos três sócios, também houve um empréstimo junto ao BNDES, para conseguir tudo o que era preciso.
Agora, o retorno está em reta final. Falta a chegada de alguns equipamentos e mais ajustes técnicos. Os funcionários — que, num primeiro momento, devem chegar a 20 — são selecionados aos poucos, sem uma comunicação oficial.
Para os nostálgicos, a Cyrilla deve voltar em meados de fevereiro. Marquezan afirma que, para competir com outras empresas do ramo, o grupo vai focar na qualidade, mais que no preço.
— A gente vai fazer uma expansão em forma de espiral. Primeiro fortalecer bem na cidade, para aos poucos ir expandindo os negócios. E garantimos que a qualidade é o diferencial. Temos um material único, que o morador daqui já conhece. E a nossa rede de revendedores já é grande, antes mesmo de colocarmos o produto no mercado.
O assunto foi tema do Santa Maria de Negócios deste domingo (15). Confira, abaixo, a íntegra do programa: