Após registrar queda em maio, a produção industrial brasileira caiu novamente e fechou o mês de junho com -0,6%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (1). Nos seis primeiros meses deste ano, o setor acumula queda de 1,6%.
— Vemos uma produção perdendo o fôlego. É o terceiro trimestre seguido no campo negativo — apontou o coordenador da pesquisa, André Macedo
Em comparação a junho de 2018, a indústria recuou 5,9% depois de ter registrado expansão de 7,4% em maio, quando havia interrompido dois meses consecutivos de queda — com -6,2% em março e -3,9% em abril.
Em junho deste ano, 17 dos 26 ramos pesquisados registraram queda. As quatro grandes categorias econômicas também mostraram redução na produção.
— Temos um movimento bem claro de perda na produção industrial — disse Macedo.
Máquinas e equipamentos tiveram queda de 6,5%, assim como produtos alimentícios, com -2,1%, e veículos automotores, reboques e carrocerias, que caíram 1,7%. Metalurgia (-1,7%), outros equipamentos de transporte (-6,5%), manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-5%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-3,8%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-0,6%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-2%) foram outros registros negativos de junho.
Em contrapartida, as indústrias extrativas avançaram 1,4%, acumulando alta de 11% em sua segunda taxa positiva consecutiva, que interromperam quatro meses de queda na produção. Setores de bebida, produtos de madeira e outros produtos químicos registraram números positivos, com 1,5%, 7,5% e 0,7%, respectivamente.
O acumulado dos últimos 12 meses, segundo o IBGE, foi de perda de 0,8%, uma perda de ritmo frente ao resultado de maio, que ficou em 0,0%. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física.
Entre junho de 2019 e o mesmo mês de 2018, as quatro grandes categorias econômicas registraram queda, além de 20 dos 26 ramos, 56 dos 79 grupos e 61,2% dos produtos pesquisados, informou o IBGE. Porém, junho deste ano teve dois dias úteis a menos.