A apresentação do novo formato da proposta de reforma da Previdência foi adiada para a próxima terça-feira (2). Apesar de mais um atraso no cronograma, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o relator, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), garantem que ainda é possível votar a proposta no plenário da Casa até 17 de julho, quando o Congresso entra em recesso.
Líderes do centrão, contudo, já avaliam que a votação será adiada para o segundo semestre. O centrão é um grupo de partidos independentes ao governo e que, juntos, representam a maioria da Câmara.
Maia tentará, mais uma vez, um acordo com governadores do Nordeste para que Estados e municípios sejam incluídos na reforma. Segundo ele, a reunião da próxima terça-feira será definitiva.
Petistas, os governadores do Piauí, Wellington Dias, e da Bahia, Rui Costa, dizem que a reforma da Previdência não é suficiente para resolver o problema fiscal dos Estados e, por isso, não faz sentido endurecer regras de aposentadorias para servidores estaduais. Eles querem mais medidas para aumentar a receita.
— O que eles estão pedindo é o que já está combinado com o Congresso e com o Executivo. A questão é o que nós precisamos para não perder votos (pela reforma) — afirmou Maia.