A quatro meses do primeiro turno das eleições presidenciais na Argentina, surge mais um número preocupante para o atual presidente, Mauricio Macri, que busca a reeleição. A taxa de desemprego voltou a entrar nos dois dígitos no primeiro trimestre de 2019. Chegou a 10,1%, um ponto a mais do que o mesmo período em 2018. Isso não ocorria desde 2006.
A cifra foi divulgada nesta quarta-feira (19) pelo Indec, uma espécie de IBGE argentino. O número corresponde a 1.961.840 desempregados.
O Indec ainda anunciou, no final da tarde, que o Produto Interno Bruto (PIB) caiu no primeiro trimestre, em 5,8%, ante o mesmo período em 2018. Com relação ao quarto trimestre de 2018, a baixa foi de 0,2%.
Também aumentou o número de pessoas consideradas subocupadas. São hoje 2,2 milhões, contra 417,3 mil no mesmo período do ano passado. Já a informalidade passou de 33,9% no primeiro trimestre de 2018 para 35% entre janeiro e março deste ano.
O avanço da crise que atormenta a Argentina eleva a preocupação de setores da economia do Rio Grande do Sul. Com as dificuldades financeiras enfrentadas pelos vizinhos, as exportações gaúchas ao país comandado por Macri despencaram nos últimos meses. Para piorar, não há sinais de melhora consistente no curto prazo, frisam analistas.