O governo da Argentina anunciou nesta quarta-feira (17) que tomará medidas para conter a inflação que, em março, atingiu 4,7% no país – somando 54,7% nos últimos 12 meses.
Em comunicado oficial, o governo disse que irá congelar preços de produtos essenciais para a população, além das tarifas do serviço público. A intenção é que, contendo a alta nos preços, o consumo no país seja reativado.
"As medidas principais de que estamos lançando mão são fruto de um acordo com empresas para manter, por ao menos seis meses, os preços de 60 produtos essenciais e o não aumento de tarifas de serviços públicos para este ano", diz o texto oficial.
De acordo com a publicação do Instituto de Estatística do Estado (Indec) na terça-feira (16), o índice de preços dos últimos 12 meses na Argentina subiu para mais de 50%, um dos mais altos do mundo, com aumentos significativos nos setores de transporte (67,5%) e alimentos (64%).
Por outro lado, o poder de compra dos argentinos diminuiu, afetando sua qualidade de vida, e comprometendo a intenção do presidente Mauricio Macri de disputar a reeleição. Segundo dados oficiais, no ano passado a pobreza atingiu 32% da população, e o desemprego, 9,1%.
A medida de congelamento de preços foi anunciada faltando seis meses para as eleições presidenciais.