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Quinto maior destino das exportações brasileiras, o Chile foi o escolhido pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) e do governador Eduardo Leite para atrair mais negócios para o Estado. Em sua segunda missão internacional de investimentos, Leite apresentou a empresários e representantes governamentais as estradas a serem concedidas à iniciativa privada, as estatais a serem privatizadas e outros projetos de parceria público-privada (PPP) em andamento em portos e hidrovias. A ideia do governador é atrair investidores estrangeiros para as licitações.
— O Estado está aberto para o setor privado, para poder investir nesses setores que antes eram de administração exclusiva do Estado. Vamos privatizar e esperamos que a Assembleia Legislativa possa votar pela privatização de CEEE, CRM e Sulgás até julho — projetou o governador, sob o olhar do presidente da Assembleia gaúcha, deputado Luis Augusto Lara (PTB).
De acordo com a Sociedade de Fomento Fabril do Chile (Sofofa), as vendas promovidas pelo Rio Grande do Sul ao país vêm aumentando. Só em 2018, o Estado exportou US$ 490 milhões para o Chile, enquanto importou US$ 144 milhões – uma balança positiva para os gaúchos. No Brasil, a balança também é positiva, exportando US$ 6,4 bilhões e importando US$ 3,4 bilhões. Na América do Sul, o Brasil é o maior parceiro comercial do Chile e, no mundo, é o quinto maior.
— Se o Brasil é o principal parceiro comercial do Chile, não tenho dúvidas de que o Rio Grande do Sul é a melhor porta de entrada para vocês — afirmou Leite.
As indústrias do Rio Grande do Sul querem vender mais para o país à beira do Oceano Pacífico. Após apresentar a Fiergs aos participantes do encontro, o presidente da entidade, Gilberto Petry, afirmou que o Estado está preparado para exportar ainda mais automóveis e pretende fortalecer a cooperação entre os dois países:
— Consideramos o Chile um país estratégico para a internacionalização do Brasil e, sobretudo, para os negócios bilaterais com o Rio Grande do Sul, tanto para a importação e exportação como também em respeito às cooperações técnicas.
Petry elogiou a disposição do governador de integrar a comitiva. Disse que, embora o governo do Estado esteja enfrentando dificuldades financeiras, está na hora de mostrar a investidores estrangeiros as capacidades e potencialidades do Rio Grande do Sul em diversos setores, no âmbito público e privado. A estratégia exposta pelo presidente da Fiergs é, em síntese, o caminho que Leite vem tomando nas missões internacionais em que participa.
— Num negocio internacional, ninguém compra de quem não conhece. Ninguém compra um produto sem conhecer. Quando mais visitas tu fizer, mais tu vende. Estamos mostramos a cara, vem eu com uma série de empresários, vem o governador e traz cinco secretários... Assim tu mostra credibilidade e essa gente aqui valoriza muito isso. É importante esse estreitamento porque eles cumprem contratos — disse Petry, em entrevista coletiva.
O governador concorda com a avaliação de que é necessário estar em contato com grandes investidores e que as missões são oportunidades para que o mundo conheça o que está se passando com o Rio Grande do Sul e as medidas que vem sendo tomadas para aumentar o ambiente de negócios no Estado.
— Tem de despertar confiança e estimular a quem tem recursos a investir a se arriscar. Você tem de conseguir animar quem tem recursos, você tem que ganhar a confiança dessas pessoas. Estamos buscando mostrar que o Rio Grande do Sul é muito maior que sua crise, economicamente forte, relevante, com capital humano, com excelência, com parques tecnológicos. Somos um Estado com força vigor e vibração econômica — disse Leite.
A missão ao Chile é organizada pela Fiergs e termina na próxima sexta-feira. O governador participa de compromissos durante a manhã e a tarde desta terça-feira. Ele volta ao Rio Grande do Sul na quarta-feira.