Na convenção nacional do PSDB realizada nesta sexta-feira (31), em Brasília, diversos foram os discursos que avaliaram o novo momento do partido. É que a ascensão de novas lideranças ficou evidente a partir do crescimento da ala liderada pelo governador de São Paulo, João Doria, que apoia o nome escolhido para presidir a sigla nos próximos anos: o ex-deputado federal e ex-ministro Bruno Araújo. A ala que quer ter o comando do partido é conhecida como os "cabeças-pretas", em contraponto aos "cabeças-brancas", tucanos mais antigos na legenda.
O discurso do governador gaúcho, Eduardo Leite, um dos mais assediados para fotos no evento conforme o relato da colunista Carolina Bahia, também abordou o novo momento tucano. Leite, que tem apenas 34 anos, ressaltou os pontos que considera importantes para o que chamou de "reconexão" da legenda com a sociedade:
— Vivemos um tempo de permanente mudança e que exige de nós permanente renovação — destacou.
Leite defendeu que o partido mantenha sua visão liberal, mas também priorizando uma forte ação na área social. Defendeu o respeito às diferenças e citou como exemplo ações que promovam a diversidade e a igualdade de gênero. No discurso, o governador do RS também alertou para a necessidade de respeitar a democracia e disse que é preciso trabalhar também com ponderação.
— Esse é o novo PSDB, que honra as suas origens e que se aproxima e respeita toda a sociedade. Que faz mudanças respeitando a democracia e quem pensa diferente, porque não somos os donos da verdade. O novo PSDB é aquele que tem a coragem e a ousadia da ponderação, de não ceder a apelos de extremistas que dividem a nossa sociedade — avaliou.