Missão de investimentos liderada pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) parte nesta segunda-feira (3) para o Chile com a ideia de aumentar o intercâmbio comercial entre as indústrias daqui e chilenas. O governador Eduardo Leite, que fica até quarta-feira (5) com a comitiva, também participará da viagem. Esta é a segunda missão internacional de Leite desde o início do mandato:
— Me integrei à missão porque temos interesse na relação com empresários chilenos. Um bom exemplo é a CMPC, que tem forte atuação no RS, com perspectivas positivas de ampliação de investimentos. Vamos trabalhar nessas pautas.
O governador tentará atualizar as discussões em torno do corredor bioceânico, projeto que facilitaria o transporte de cargas entre Brasil, Argentina, Paraguai e Chile. Está na pauta também conhecer a experiência do governo vizinho com PPPs, concessões e recrutamento de pessoas para posições de liderança na administração pública. Os secretários Ruy Irigaray (Desenvolvimento Econômico), Juvir Costella (Transportes), Bruno Vanuzzi (Parcerias Estratégicas) e Ana Amélia Lemos (Relações Federativas e Internacionais) também participam da missão.
— No mês passado, tivemos a oportunidade de apresentar o Rio Grande do Sul a alguns dos maiores investidores do mundo, na viagem a Nova York. Agora, nossa intenção é ampliar a presença do Estado na América Latina, visto que temos uma posição estratégica no Mercosul e muitas possibilidades a serem exploradas com países vizinhos, como o Chile — projeta Leite.
Nos cinco dias de missão, que termina na sexta-feira (7), estão programados seminário bilateral, visitas técnicas, reuniões estratégicas e rodadas de negócios. A ideia do presidente da Fiergs, Gilberto Petry, é usar a missão como oportunidade para estimular a venda de produtos feitos no Estado.
— Fui para lá em setembro e comecei a organizar a missão. Estranhava que os chilenos compravam muito dos Estados Unidos, do Japão, da Europa e compravam pouco de nós. Então, por isso, acho que temos que começar a fazer um intercâmbio maior e eles toparam — explica Petry.
Brasil e Chile têm acordos em vigor desde 1996. Outro a ser firmado, de integração comercial, deve facilitar a entrada de empresas brasileiras no mercado chileno e isentar cobrança de roaming internacional entre os dois países, entre outros aspectos.
— O foco da Fiergs é gerar negócios e abrir novos canais de relacionamento para as empresas gaúchas na América Latina, região que importa majoritariamente produtos industrializados — pontua o presidente da entidade.